Na quarta entrevista da série especial com conferencistas da programação científica da 75ª SBPC, conversamos com o professor e pesquisador de música sobre os estudos que coordena no Grupo de Pesquisa e Laboratório em Etnomusicologia da UFPR
Se a etnomusicologia é a antropologia da música, a etnomusicologia dialógica é uma abordagem que amplia a transdisciplinaridade desse tipo de pesquisa. Assim, além do uso dos métodos tradicionais da antropologia para investigar a cultura no contexto das manifestações musicais, pode-se adotar os da estatística, da economia, da sociologia, da psicologia, entre outras áreas do conhecimento. É por essa linha que o Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Paraná (UFPR) tem se destacado nos estudos sobre músicas folclóricas e populares.
Um exemplo é estudo que sugere que a prática do fandango — cuja história indica ter sido um tipo musical mais plural do que se pensa — pode ter desaparecido em Antonina (PR) com esse nome, mas permanece como herança na música caiçara da região. Outro é a pesquisa sobre as alterações regionais por que passa o Taiko, a música feita com instrumentos japoneses de percussão.
Essa linha de pesquisa foi iniciada em 2010 na UFPR pelo professor e pesquisador Edwin Pitre-Vásquez, que coordena o Grupo de Pesquisa e Laboratório em Etnomusicologia (Grupetno). Músico e produtor musical nascido no Panamá, mas há 45 anos no Brasil — e ainda com muito sotaque —, Pitre-Vásquez conhece as agruras do músico latino-americano, faça ele música comercial ou folclórica.
“O problema das políticas públicas para música começa porque não existe a profissão de músico no Brasil”, afirma, com a propriedade de quem foi membro da banda de salsa Son Caribe, que inaugurou o Circo Voador, no Rio, em 1982.
Em sua conferência na 75ª Reunião Anual da SBPC, na quarta-feira (26), em Curitiba, Pitre-Vásquez falou sobre a etnomusicologia dialógica, tema também desta entrevista, onde tratamos ainda do caminho do maestro pela música.
Leia a entrevista completa no site da revista Ciência UFPR.
Confira a programação de entrevistas da série neste link.
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Foto de destaque: Arquivo Pessoal
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