Pesquisas na área de óptica e fotônica levam mestrando em Física da UFPR a receber bolsa de estudos internacional

03 agosto, 2022
08:58
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Ciência e Tecnologia

O envolvimento de Yohan Szuszko Soares, aluno do Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na descoberta de uma aplicação para a análise de combustível adulterado e em outras pesquisas na área de óptica e fotônica foi um dos fatores que o levou a ser contemplado com a Optics and Photonics Education, uma bolsa de estudos promovida pela The International Society of Optics and Photonics (SPIE). Ele foi um dos três brasileiros agraciados com o incentivo, concedido devido a suas potenciais contribuições para o campo da óptica, fotônica e áreas afins. 

A bolsa de educação oferece suporte a mensalidades e taxas, livros didáticos, suprimentos e equipamentos necessários para cursos de instrução e aperfeiçoamento. Foto: Arquivo Pessoal

Soares ingressou na UFPR em 2017, no curso de Licenciatura em Física, e se formou no final do ano de 2021. Sem demora, foi aprovado no processo seletivo para o mestrado do PPGF. Ele conta que não sabia o que queria estudar, mas sabia que desejava se tornar professor. “A única certeza que eu tinha era que queria ser professor. Durante a licenciatura, conheci vários professores de diversas áreas de pesquisa e, felizmente, no final de 2019, conheci o professor Emerson Barbano que trabalha com óptica e fotônica”, relembra.

Para o jovem de 24 anos, estudar as diversas aplicações que o laser tem no cotidiano é especial, pois o recurso pode ser encontrado em variados setores, como na saúde, na tecnologia, nas comunicações e na energia. “A óptica e o laser estão em tudo. E é justamente isso que me motivou a seguir a carreira de pesquisador na área”, explica o estudante.

Soares desenvolve trabalhos em óptica há três anos no Laboratório de Propriedades Ópticas, Eletrônicas e Fotônica. Sob a orientação do professor Emerson Barbano, do Departamento de Física da UFPR, descobriu uma aplicação para a análise de combustível adulterado. “Nós desenvolvemos um método não destrutivo e extremamente preciso para verificar se um combustível possui adulteração ou não”, esclarece.

As pesquisas realizadas nesse laboratório são voltadas para  a interação da luz (uma radiação) com a matéria. Lá os pesquisadores analisam o que acontece quando uma amostra líquida (vaselina), sólida (cristal/vidro) ou gases reagem ao serem expostas à luz de um laser.

A partir destses estudos, os cientistas são capazes de investigar materiais que podem ser utilizados em novos dispositivos ópticos, ou se é possível aplicar uma técnica para dissecar alguma propriedade óptica, eletrônica ou fotônica já existente. É justamente o que Soares explorou durante a sua graduação e vem tentando aprimorar no mestrado. “Nós implementamos uma técnica de óptica não linear. Como amostra, utilizamos gasolina adulterada para fazer sua caracterização para verificar se o combustível está ou não adulterado”, informa.

Além disso,  sua participação no projeto de extensão “UFPR ÓPTICA Student Chapter”, que visa à divulgação da área de óptica e o desenvolvimento de estudantes na pós-graduação e na divulgação científica, foi essencial para que ele se tornasse um dos contemplados com a bolsa.

Agora, pesquisando sobre imageamento, o físico está desenvolvendo seu projeto de mestrado com um novo método. “Sou muito grato aos meus professores, que me ensinaram, e ao meu orientador, que me introduziu nesta área e me aceitou como aluno de Iniciação Científica. Sinto-me muito honrado em ganhar este prêmio”, finaliza. 

The International Society of Optics and Photonics

Em 2022, a Sociedade concedeu 78 bolsas de estudo para alunos membros da SPIE, com base em sua contribuição potencial para óptica e fotônica, ou alguma disciplina relacionada. Os candidatos premiados foram avaliados, selecionados e aprovados pela comissão de bolsas. Confira a lista completa aqui.

A sociedade internacional de óptica e fotônica reúne engenheiros, cientistas, estudantes e profissionais de negócios para avançar a ciência e a tecnologia baseadas na luz.

Por Felipe Reis

Sob orientação de Jéssica Tokarski

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