

Garantir a saúde ocupacional dos profissionais e alunos, durante o desenvolvimento das pesquisas, é o objetivo do Manual de Práticas de Biologia do Solo, elaborado no Setor de Ciências Agrárias da UFPR. O manual, que será publicado ainda este ano, apresenta uma proposta de trabalho para garantir um ambiente saudável, sem a utilização de reagentes químicos carcinogênicos, mutagênicos ou teratogênicos (CMT).
O professor Jair Alves Dionísio conta que os protocolos de análise das aulas práticas e das pesquisas, realizadas no Laboratório de Biologia do Solo (LBS), foram reavaliados e identificados os produtos químicos que são prejudiciais à saúde, ou seja, os CMT. Na sequência, foram não apenas excluídos do estoque do Laboratório mas, também, proibidos de serem manipulados neste ambiente de trabalho.
Alguns protocolos de análise, lembra o professor, tiveram que ser substituídos por outros que não apresentam produtos químicos do grupo CMT. Entre os exemplos de substituição destaca-se a determinação da biomassa microbiana do solo, que deixou de ser medida com utilização de clorofórmio e dicromato de potássio – ambos produtos químicos cancerígenos – e passaram, agora, a ser determinada com a utilização de glicose. A publicação do Manual está programada, explica o docente, para este ano e será feita pelo Núcleo Estadual da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.
Pesquisa no Litoral
Jair Dionísio, que atua no Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, ressalta que entre as pesquisas desenvolvidas no Laboratório está o projeto que verificou a influência do revolvimento mecânico das areias das praias do Litoral do Paraná (Matinhos, Caiobá e Guaratuba), na sobrevivência de escherichia coli. Este trabalho, destaca, foi feito em parceria com o Instituto Ambiental do Paraná, no período de agosto de 2012 a março deste ano.
Outras ações realizadas no LBS, além das aulas práticas com segurança para os usuários, são cursos de extensão destinados aos professores das redes municipal e estadual da Região Metropolitana de Curitiba. A cada semestre, ressalta o professor, “atendemos cerca de 120 profissionais”.
Lucas França, com orientação de Celsina Favorito.