A experiência das políticas de ações afirmativas na UFPR e das atividades da Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad), criada em 2018, foram assunto da fala do superintendente Paulo Vinicius Baptista na aula inaugural dos programas de pós-graduação da Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O debate ocorreu em Belo Horizonte nesta quarta-feira (27).
O tema da mesa redonda foi a intersecção entre direitos humanos, educação, escola e políticas de ações afirmativas, com foco nos desafios que o Brasil enfrenta nessas áreas. Também participaram da mesa os professores Salomão Barros, da Universidade Federal do ABC (UFABC), e Roberto Silvério, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Debate reuniu em Belo Horizonte os professores Salomão Barros (UFABC), Roberto Silvério (UFSCar) e Paulo Vinicius Baptista, da Sipad/UFPR. A mediadora foi a professora Samira Zaidan, da FAE/UFMG. Foto: Reprodução/YouTube
Baptista fez um histórico das políticas afirmativas voltadas ao ingresso na graduação no Brasil, no qual incluiu as discussões de cada época para o assunto, do ponto de vista de diferentes perspectivas políticas. O professor mencionou também alguns desafios para essas políticas, como a manutenção, o incremento da assistência e sua expansão para níveis mais altos de formação e das profissões acadêmicas. “O desafio é triplo. É manter as políticas. É enfrentar os discursos de revide. É escrever e orientar teses e dissertações baseado em evidências”, disse.
De acordo com o superintendente, o avanço nas possibilidades de acesso contribuiu para mudanças sensíveis na diversidade das comunidades das universidades públicas. No caso dos indígenas, por exemplo, o número de universitários passasse de cerca de 500 nos anos 90, para 1,3 mil em 2001 (a maioria em instituições privadas) até chegar a cerca de 7 mil em 2011, com preponderância das vagas em universidades públicas.
Histórico
Na UFPR, a adoção de políticas afirmativas voltada ao ingresso de grupos étnicos na graduação ocorreu em 2004. Trata-se de um segundo momento para a política pública: as primeiras universidades públicas com reserva de vagas foram estaduais (no Rio de Janeiro), em 2002. Nas federais, a pioneira foi a Universidade de Brasília (UnB), em 2003.
A UFPR se inseriu em uma segunda leva de universidades federais, juntamente com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Baptista lembrou que a disseminação da ideia, antes mesmo da Lei n.º 12.711/2012 (que obrigou as universidades federais a reservarem vagas), ocorreu porque as instituições perceberam os ganhos sociais.
“Em grande medida foi fruto dos resultados positivos revelados pelos primeiros monitoramentos divulgados pelas universidades que haviam adotado as ações afirmativas para negros, negras, indígenas e oriundos de escolas públicas”.
O vídeo com a íntegra da mesa redonda pode ser assistido neste link.
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