

Profissionais de vários segmentos da área da Saúde participaram do “Seminário Multidisciplinar do Ambulatório da Síndrome de Down”. O evento foi realizado na manhã de quinta-feira (31), no Edifício D. Pedro I, 4º andar ─ Anfiteatro 400. A promoção foi do Ambulatório da Síndrome de Down do Hospital de Clínicas da UFPR. Segundo a assistente social do HC Noemia da Silva Cavalheiro, as atividades do ambulatório são promovidas em parceria com a Associação Reviver Down, que presta atendimento de apoio às famílias. Fundado em 1997, a unidade tem atualmente três mil pacientes cadastrados de 0 a 64 anos, com a demanda de 18 atendimentos diários. “Destes, 41% são de Curitiba; 35% da região metropolitana e 23% de outras localidades”, explicou Noemia.
“Pioneiro no Brasil e na América Latina, os atendimentos do ambulatório são realizados por uma equipe multidisciplinar: pediatras, psicólogos, dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros e estagiários”, destacou a assistente social que também faz parte da equipe. O trabalho inclui ainda a promoção dos direitos das pessoas com Síndrome de Down; orientações sobre o Benefício de Prestação Continuada; tratamento fora do domicílio; transporte urbano gratuito e o encaminhamento para a estimulação global do desenvolvimento.
Pediatria ─ Na sequência, proferiu palestra a pediatra do ambulatório Beatriz Bermudes, que se referiu, primeiramente, ao grande ganho obtido com o direcionamento à inclusão social. Ressaltou os aspectos genéticos da Síndrome de Down e a importância do diagnóstico clínico. “A síndrome geralmente está associada com algumas patologias como as anomalias da audição, da visão, cardíacas, além de alterações ortodônticas, endócrinas e outras”, refletiu Beatriz. A pediatra Nancy Paumiere de Oliveira falou sobre a importância da presença de todos no evento para a troca de experiências e conhecimentos. “Filho é sempre um desafio”, considerou a médica.
Genética ─ “Aspectos Genéticos na Síndrome de Down foi o tema da palestra proferida pelo professor Rui Fernando Pilotto, vice-coordenador do curso de Medicina da UFPR. “A conscientização das pessoas sobre a síndrome é outro fator de importância no processo de atendimento”, considerou. A incidência de casos é de um para 800 nascimentos no mundo todo, completou. Continuando, o médico enfatizou que é “essencial o diagnóstico clínico antes do bebê sair da maternidade para que a família já tenha o devido direcionamento”. Estavam presentes também os graduandos do curso de Educação Especial da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), alunos de Psicologia da UFPR e representantes das Apaes e de outras organizações afins.