A Universidade Federal do Paraná teve um saldo bastante positivo durante a II Semana de Bioenergia de Maputo, realizada de 5 a 9 de maio de 2014, em Moçambique. Foram assinadas cartas de intenções com o Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (CIBiogás-ER), que funciona junto a Itaipu em Foz do Iguaçu e a Universidade Eduardo Mondlane. Essas cartas representam o início de uma série de trabalhos que envolvem disseminação de conhecimento, estruturação tecnológica e pesquisas sobre biogás.
Com o CIBiogás-ER a UFPR desenvolverá uma metodologia para trabalhar os conteúdos a partir do material já existente, buscando atingir de forma mais eficiente as populações dos países africanos. O material servirá para que o povo de Moçambique possa compreender melhor o trabalho com a bioenergia e as formas de interagir com esse tipo de tecnologia. A atividade será realizada a partir de um projeto.
Segundo o professor doutor do Departamento de Comunicação (DECOM/UFPR) Toni André Scharlau Vieira, que coordena um projeto financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) junto à Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, a ideia é utilizar os conceitos da Educomunicação. “vamos produzir um diálogo produtivo onde o saber local será ouvido para a troca de saberes, desde o aprendizado sobre as técnicas até os mecanismos de implantação das tecnologias em si”.
Já o vice-deiretor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, João Miguel, vê a assinatura da carta como a ampliação das relações que a UEM já mantém com a UFPR. O professor Doutor João Miguel acredita que a aproximação com o Brasil vai dar possibilidades de acessar novos olhares para a pesquisa em comunicação, por exemplo, já que os próprios conceitos de Educomunicação são muito pouco conhecidos no País.
As cartas foram assinadas durante cerimônia na residência oficial da Embaixadora do Brasil em Moçambique, Ligia Maria Scherer na quinta-feira, dia 8 de maio. A diplomata brasileira é formada em Letras pela UFPR e ainda têm familiares morando em Curitiba.
Ligia Maria Scherer, afirmou que o Brasil e a Itália trabalharam juntos a partir do Memorando de Entendimento sobre bioenergia para trazer a segunda Semana de Bioenergia a Maputo. Durante a semana, foi possível ver a troca de experiências e a capacitação proporcionada pelo alto nível das discussões. “Os resultados são muito produtivos para a implementação de soluções com o uso da bioenergia sustentável”, apontou a Embaixadora.
Para a Diretora Geral do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e co-presidente do GBEP, Mariangela Rebuá , o principal saldo do evento deve ser o avanço na transição da biomassa tradicional para a biomassa moderna. “As políticas nacionais que garantam a sustentabilidade da bioenergia são fundamentais”, afirmou. “O conjunto abrangente e equilibrado de indicadores de sustentabilidade social, ambiental e econômica, trabalhado a partir dos estudos do GBEP, podem dar uma contribuição importante e significativa para ajudar os países na formulação de políticas públicas e marcos regulatórios para bioenergia”, reforçou a co-presidente do GBEP. A utilização destes indicadores tem sido muito útil para a avaliação de projetos de bioenergia nacional , bem como para facilitar o desenvolvimento sustentável da bioenergia no mundo.
O principal saldo positivo da II Semana de Bioenergia de Maputo, realizada de 5 a 9 de maio de 2014, em Moçambique, foi a ampliação do debate sobre bioenergia sustentável. O evento, promovido pela Parceria Global de Bioenergia (GBEP, Global Bionergy Partnership, em inglês), que é uma iniciativa internacional que organiza o debate mundial e a capacitação para instituir a Bioenergia Sustentável e proporcionar o acesso da população mundial que ainda se encontra privada de energia.
O Global Bioenergy Partnership (GBEP) reúne atores públicos, privados e da sociedade civil interessados em implementar os compromissos assumidos pelo G8 em 2005, no sentido de apoiar o uso da biomassa e dos biocombustíveis, em particular nos países em desenvolvimento, onde a utilização da biomassa é prevalente. O GBEP é constituído por 23 países e 14 organizações e instituições internacionais. Além disso, 26 países e 11 organizações e instituições internacionais já estão participando como observadores.
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