

O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, entregou nesta quinta-feira (17) à comunidade acadêmica o prédio do Diretório Central dos Estudantes (DCE), interditado em 2015 pelo Corpo de Bombeiros. A devolução do espaço aos alunos era uma das prioridades da atual gestão da Reitoria, que assumiu em dezembro de 2016. O prédio passou por uma série de adequações para garantir sua reocupação de forma segura.
O reitor disse que, além de atender a necessidades práticas, a volta do DCE para o local tem importância simbólica. “O prédio volta a ser dos estudantes num momento em que a universidade pública brasileira, e o país como um todo, vivem uma situação complexa, em que uma série de direitos e liberdades têm sido trivializados. Nós precisamos defender a universidade pública e a partir de agora os estudantes da UFPR continuarão a fazer isso a partir deste lugar que é deles por direito”, afirmou.
Fonseca lembrou ainda o histórico de conquista dos movimentos estudantis e particularmente do DCE da UFPR, que neste mês de maio completa 70 anos. O reitor lembrou ainda da insurreição de maio de 68, que levantou a juventude mundial e teve como um dos palcos a UFPR.
Durante a solenidade de reinauguração foi assinado o Termo de Permissão de Uso por parte da UFPR e do DCE.
“Assim como foi no passado, este edifício será um espaço ocupado para a promoção das atividades dos estudantes, dos centros e diretórios acadêmicos, sendo usado para debate, discussão, expressão cultural e artística”, disse o representante dos estudantes, Matheus Henrique, ao dar as boas-vindas aos presentes à solenidade, incluindo toda a equipe de pró-reitores da UFPR.
O que mudou
O superintendente de Infraestrutura da UFPR, Sérgio Michelotto Braga, explica que as adequações feitas no prédio resultaram de diálogo entre a atual gestão da Reitoria e representantes dos estudantes. Logo que assumiu, o reitor Ricardo Marcelo Fonseca determinou a abertura de licitação para contratação dos serviços.
Com base no que foi acordado com os estudantes, a universidade realizou intervenções destinadas a melhorar as condições de segurança e atender as normas de combate e prevenção a incêndios. “Trabalhamos para entregar um prédio seguro aos estudantes, de acordo com as mais recentes normas, e orientá-los quanto à ocupação do espaço, conforme solicitação da gestão do próprio DCE”, disse Braga.
O edifício, de cinco andares, foi totalmente modernizado no quesito segurança. Recebeu portas corta-fogo, sensores de fumaça, alarmes de incêndio, sinalização e iluminação de emergência. O projeto foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Braga explica ainda que, como a fachada do edifício é tombada, não é permitido fazer alterações externas, como colocar escadas externas, o que limita o uso simultâneo do espaço, por uma questão de segurança, por 35 pessoas por andar. O superintendente de Infraestrutura afirmou que o DCE já foi orientado sobre o assunto.