O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Marcelo Fonseca, e a vice-reitora, professora Graciela Bolzón de Muniz, prestigiaram a inauguração do Laboratório da Carcinicultura do Setor Palotina, em Maripá, na manhã da última terça-feira, 11. O evento fez parte da agenda de visitas do reitor aos campi do interior.
“Foi um momento grandioso para a Universidade. Em primeiro lugar pelo fato de ser a inauguração de uma obra que segue com recursos próprios nossos, da Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] e com a colaboração também da prefeitura de Maripá, numa época em que as verbas para investimentos, para capital, para obras das universidades estão diminuindo tanto. Expandir, inaugurar, crescer é uma coisa de qualquer modo alvissareira nesses tempos. De modo particular, existe essa grande alegria de fazer essa obra num campus da expansão fora de Curitiba, no setor Palotina, e particularmente na cidade de Maripá, porque simboliza, agora formalmente, a presença da Universidade no oeste do Paraná em mais uma cidade”, afirma Ricardo.
O projeto original para implantação do laboratório e para o desenvolvimento da técnica de criação de camarões de água doce em viveiros foi aprovado em 2010. “A cidade de Maripá doou um terreno de 55 mil metros quadrados para a Universidade. A obra efetivamente começou em 2016 – uma parte – e terminou agora. Foi feita em duas fases”, informa o coordenador do laboratório, professor Eduardo Luis Cupertino Ballester.
O Laboratório de Carcinicultura do Setor Palotina será utilizado por estudantes e pesquisadores do curso de Engenharia de Aquicultura e do mestrado em Aquicultura e Desenvolvimento Sustentável da UFPR. Foto: Marcos Solivan/Sucom-UFPR
O Laboratório de Carcinicultura é fruto de um projeto em rede que envolve a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). De acordo com Eduardo, a unidade será utilizada, principalmente, por estudantes e pesquisadores do curso de Engenharia de Aquicultura e do mestrado em Aquicultura e Desenvolvimento Sustentável. O local será sede de atividades do Núcleo de Desenvolvimento de Pesquisa em Aquicultura Sustentável (NPDA) da UFPR. “O objetivo é que abranja outras áreas da aquicultura, como piscicultura e abate e processamento de pescado”, pontua. Alunos das Ciências Biológicas, de cursos de mestrado em Palotina e do Programa de Pós-Graduação em Zoologia, em Curitiba, terão acesso ao laboratório e ao Núcleo.
O coordenador destaca a importância da nova estrutura para a aprovação de futuros projetos. “Toda vez que vamos aprovar um novo projeto, os órgãos de fomento nos perguntam qual é a contrapartida da universidade e se temos estrutura. O grande diferencial é que teremos uma estrutura de primeira qualidade. Isso nos torna mais atrativos, tanto para os órgãos de governo quanto para as empresas. E, também, dá outra qualidade para os trabalhos dos nossos alunos, o que é muito importante para a formação deles”, avalia.
Participaram da visita a Maripá o superintendente de Infraestrutura da UFPR, Sérgio Michelotto Braga, o pró-reitor de Administração, Marco Antonio Ribas Cavalieri, o diretor de Apoio aos Campi Avançados, professor Helton José Alves, o diretor do Setor Palotina, professor Elisandro Pires Frigo, o prefeito de Maripá, Anderson Bento Maria, vereadores da região, representantes da Finep e membros da comunidade acadêmica.
Reitor da UFPR, professor Ricardo Marcelo Fonseca, durante inauguração do Laboratório de Carcinicultura do Setor Palotina. O ato foi realizado no dia 11 de dezembro em Maripá. Foto: Divulgação
De acordo com Eduardo, são produzidas anualmente entre 4 e 5 toneladas de camarão de água doce na região. “A produção é feita principalmente em Palotina, Rondon e Terra Roxa. Em Maripá não tem ninguém produzindo atualmente. Com o prédio e a estrutura que teremos, temos expectativa muito grande de aumentar, tanto a criação quanto as atividades de pesquisa e extensão”. Os camarões de água doce podem ser produzidos junto com tilápias. “Isso incentiva os policultivos, que são mais sustentáveis do que os monocultivos. Muita gente não sabe que existe camarão de água doce”.
A UFPR oferta, em Palotina, os cursos de Agronomia, Ciências Biológicas, Engenharia de Aquicultura, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Engenharia de Energia, Licenciatura em Ciências Exatas, Licenciatura em Computação e Medicina Veterinária. Implantado em 1993, o campus iniciou as atividades didáticas com o curso de Medicina Veterinária. Com seu crescimento, foi transformado em Setor. A economia da cidade, localizada a cerca de 600 quilômetros de Curitiba, é baseada na agropecuária, com destaque para plantações de soja, milho e trigo e produção de peixes, suínos, aves e leite.
No dia 10 de dezembro, a comitiva de Curitiba participou da assinatura de cooperação técnica entre o Universidade e o Hospital Marechal Cândido Rondon e visitou a obra do Bloco 10 no Setor Palotina.
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