Programa Solo na Escola promove formação de professores em São José dos Pinhais
O programa de extensão Solo na Escola, da Universidade Federal do Paraná, busca valorizar o conhecimento sobre os solos por meio da produção de material didático, visitas a escolas e treinamentos com professores dos ensinos fundamental e médio. As ações integram docentes e estudantes dos setores de Ciências Agrárias e do Campus Jandaia do Sul.
No início de agosto, cerca de 20 professores da rede municipal de São José dos Pinhais conheceram as diversas composições de solos em uma aula prática. O roteiro abrangeu boa parte das áreas urbana e rural do município. As orientações ficaram a cargo do coordenador do programa, professor Marcelo Ricardo de Lima.
No trajeto, Lima trouxe exemplos e disponibilizou amostras para que os participantes pudessem exemplificar em sala de aula o que viram na prática. A cada parada, o professor da UFPR mostrava as possibilidades de uso dos solos, que passam pela construção civil, plantio e exploração mineral. Lima explica que as cores do solo indicam a presença de umidade, de oxigênio, de ferro, entre outros nutrientes. Conhecer essa composição é importante, por exemplo, na hora de escolher o uso adequado do solo. Isso interfere no equilíbrio ambiental de determinada região, uma vez que o uso inadequado dos solos para determinadas explorações comerciais pode contaminar rios e lençóis freáticos.
Para os professores participantes, o treinamento facilita a explicação de conceitos presentes nos livros didáticos e na internet. “Hoje eu consigo mostrar nas aulas como é composto o solo da nossa região em uma aula de campo. O que temos nos livros didáticos é mais complicado e às vezes não reflete a realidade que os alunos verão”, relata Juliana dos Santos Oliveira, professora de ciências do terceiro ano.
Os conhecimentos compartilhados na aula refletem no interesse dos alunos das escolas sobre o assunto, como relata Ariadne Souza, da Secretaria Municipal de Educação de São José dos Pinhais. “Nós podemos observar a frequência muito maior da criança explorando o ambiente, com o aumento das aulas de campo. Os professores se sentem mais seguros e passam essa segurança para as crianças”.
De acordo com o coordenador do Solo na Escola, a formação continuada de professores é uma via de mão dupla, que enriquece o seu conhecimento a partir das experiências trazidas pelos participantes. “Quando eu comecei a trabalhar os cursos, entendi quais eram as dificuldades que eles tinham em sala de aula. A partir disso, posso repensar a minha própria prática docente de forma contínua”, conclui Lima.
Informações & Fotos: Equipe COEX/PROEC – UFPR