A professora Elisa Orth, do departamento de Química, e a professora Rita de Cássia dos Anjos, do departamento de Engenharia e Ciências Exatas (Setor Palotina), foram eleitas membros afiliados da Academia Brasileira de Ciências (ABC), umas mais antigas e importantes do país. A posse está marcada para 1º de janeiro de 2021.


Rita de Cássia é professora de Física e estuda raios cósmicos de altas energias. Nos próximos cinco anos ela vai fazer parte da ABC e de um seleto grupo de pesquisadores, que reúne um número cada vez maior de mulheres. “Participar deste grupo é uma grande honra e uma oportunidade imensa de crescimento profissional e cultural. A professora Elisa, do departamento de Química do Setor de Exatas e eu, fomos eleitas como membros afiliados pela região Sul. Este ano foram 46,7% de mulheres nesta categoria. Isto mostra que a academia tem sido exemplo de um ambiente diverso e preocupado com a desigualdade de gênero na ciência, no Brasil e no mundo. Tenho certeza que representaremos muito bem nossa universidade e contribuiremos para o crescimento da nossa região e do país”, conclui a professora.


Elisa Orth trabalha com o monitoramento e a neutralização de agrotóxicos e de armas químicas. Recentemente passou a pesquisar também os desastres químicos. “A Academia Brasileira de Ciências representa tanto para mim, não só por todos grandes cientistas que abriga, mas também por todas as ações para melhorar as condições de fazer ciência no Brasil. Dividir essa honraria com tantas mulheres é ainda mais gratificante, pois sabemos quantas mulheres incríveis temos no Brasil fazendo ciência. E tenho ainda mais orgulho por estar recebendo esse prêmio com a minha colega da UFPR, a professora Rita, essa cientista tão competente e com uma trajetória tão inspiradora. Tenho orgulho demais de ser cientista da UFPR”, afirma.
Membros
Os membros da ABC são escolhidos entre os mais importantes pesquisadores brasileiros. Os membros afiliados são eleitos entre jovens pesquisadores com notável talento e participam da academia por tempo limitado.
Já os membros titulares são eleitos em caráter vitalício, os cientistas precisam estar radicados no Brasil há mais de 10 anos, com destacada atuação científica. A UFPR conta com seis professores entre os titulares: Aldo Zarbin (Ciências Químicas), Antonio Salvio Mangrich (Ciências Químicas), Yuan Jin Yun (Ciências Matemáticas), Marcello Iacomini (Ciências Biológicas), Fábio Oliveira Pedrosa (Ciências Biológicas) e Carlos Soccol (Ciências da Engenharia).
A Academia Brasileira de Ciências
Fundada em 1916, a ABC é uma das mais antigas academias científicas do Brasil. É uma entidade independente, sem fins lucrativos, não governamental e tem o objetivo de promover o desenvolvimento científico do país. A academia também promove a interação entre cientistas brasileiros e pesquisadores estrangeiros.