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Professor da UFPR apresenta proposta no debate mundial sobre bioenergia em Moçambique

07 maio, 2014
10:59
Por
Ciência e Tecnologia

Professor de Comunicação Social apresenta proposta do uso da Educomunicação para implantar projetos de bioenergia no continente africano

Prof. Toni André Scharlau Vieira em Moçambique

O início dos trabalhos da UFPR na área de Bioenergia e Comunicação Social em Moçambique já está provocando boas repercussões e despertando o interesse de outras entidades além da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), com a qual o Departamento de Comunicação Social já mantém um convênio dentro do Edital CAPES/AULP. No dia 07 de maio (4 horas no horário de Curitiba) o professor Doutor Toni André Scharlau Vieira apresentou a proposta do uso da Educomunicação como forma de diminuir o impacto cultural que os novos hábitos produzidos pela utilização do biogás, por exemplo, podem provocar nas populações do continente africano.

Scheila Mapilele, diretora da divisão de mini-hídricas/secção de biomassa química do Fundo Nacional de Energia de Moçambique (FUNAE), afirmou que a experiência brasileira da UFPR é muito bem vinda e necessária. “Encontramos dificuldades para trabalhar com povos ancestrais devido a uma certa desconfiança deles com as novas tecnologias”. Ela saudou o acordo da UFPR com a UEM e solicitou um apoio na implementação dos projetos do FUNAE.

A adida da Delegação da União Européia em Moçambique, Ana Maria Mariguêsa, também destacou a importância da proposta. Ela afirmou que não conhecia a aproximação entre Educação e Comunicação, mas se sentiu entusiasmada e também solicitou um maior diálogo para auxiliar na implantação dos projetos que a União Européia já mantém ao norte de Moçambique.

A brasileira Simone Favaro, que atua na província de Massala através da International Agro-Forestry Research Center (ICRAF), destacou que seu trabalho tem como principal dificuldade o estabelecimento de diálogos com a população local. “É muito importante fazer com que os povos participem da produção de conteúdos, pois do contrário a desconfiança pode até paralisar as atividades”, completou Simone.

Já Nadew Tadele, diretor de desenvolvimento de bio combustíveis do ministério de Água, Irrigação e Energia da Etiópia mostrou interesse em utilizar as práticas educomunicativas nos programas de substituição da lenha como fonte de energia entre a população do seu País. Na Etiópia 98% da população utiliza a lenha para cozinhar, o que gera poluição e vários problemas de saúde pública. Para ele será muito importante para as comunidades locais receber e produzir informações a respeito do uso da bioenergia.

Amanhã a mesa principal da II Semana de Bioenergia de Maputo tratará da produção de políticas públicas e a participação dos investidores privados na construção de alternativas para financiamento de projetos. Na sexta feira o evento encerra com o debate sobre os resultados alcançados e as formas de dar continuidade as discussões.

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