O aumento no consumo de carne clandestina é um dos riscos decorrentes da preocupação gerada na população brasileira pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. O alerta é do professor Carlos Eduardo Rocha Garcia, do Laboratório de Tecnologia de Alimentos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Paraná. Para o professor, é preciso conter o tom alarmista na divulgação do assunto e entender os aspectos técnicos que envolvem o processamento de carnes no Brasil.
Garcia cita dados da Associação Brasileira das indústrias Exportadoras de Carne segundo os quais entre 30% e 40% da carne que chega à mesa dos brasileiros vêm do abate ilegal, sem controle sanitário. “É um problema que existe no Brasil há muito tempo, não de forma pontual, mas generalizada, e a preocupação é que isso se intensifique com a desconfiança gerada em relação aos frigoríficos”, afirma o professor, que é doutor em ciência e tecnologia de alimentos, com ênfase no segmento cárneo, e estuda principalmente aditivos e carnes salgadas.
De acordo com ele, algumas informações estão chegando ao consumidor de forma distorcida. É o caso da suposta utilização de papelão misturado à carne. “Não faz sentido a utilização do papelão, pelo simples motivo de que seria difícil sua transformação”, afirma. O professor Garcia explica que a indústria de embutidos já utiliza amido de milho nas preparações, o que é permitido pela legislação em alguns produtos. “O amido, além de ser de fácil utilização, seria mais barato do que o papelão, demonstrando a incoerência da informação”, explica.
O professor também demonstra preocupação com o uso de aditivos para estender a vida de prateleira dos produtos cárneos, como o uso de ácidos e sorbatos, como divulgado pela mídia. Independente de serem aprovados para outros alimentos, ou mesmo para uso em produtos cárneos, essas substâncias teriam a finalidade de mascarar a validade e aparência na carne fresca, induzindo o consumidor ao erro, ou seja, uma condição que contraria o código de defesa do consumidor e, principalmente, pode comprometer a segurança do produto.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), o rebanho bovino brasileiro é o segundo maior do mundo. O Brasil é também o segundo maior produtor mundial e o maior exportador de carne bovina do planeta. Em relação às carnes de aves, o nosso país também apresenta destaque na produção e exportação, sobretudo, o estado do Paraná.
Já está disponível a avaliação de cursos e disciplinas do segundo semestre do ano letivo de 2024. Alunos […]
Pesquisadores do Núcleo de Fixação Biológica de Nitrogênio da UFPR trabalharam décadas para criar inoculante que alavanca produção na agricultura.
A exposição “Nhande Mbya Reko: Nosso Jeito de Ser Guarani”, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade […]
O Centro de Estações Experimentais – Fazenda Canguiri da Universidade Federal do Paraná (UFPR) recebeu doze novos equipamentos […]