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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


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FEDERAL DO PARANÁ

Pesquisa revela comportamento de universitários em relação a bebida e direção

O consumo abusivo de bebidas alcoólicas aparece como um problema de saúde pública, especialmente devido às suas consequências, entre elas os acidentes de trânsito com alto índice de mortalidade. Uma dissertação de mestrado na Universidade Federal do Paraná buscou analisar o comportamento dos universitários curitibanos em relação ao consumo de álcool e ao trânsito. A pesquisa “Percepção e comportamento de risco de beber e dirigir: um perfil do universitário de Curitiba”, de Marina de Cuffa, será defendida em maio na UFPR. O trabalho foi realizado no âmbito do Programa de Mestrado em Psicologia, na linha de pesquisa Psicologia do Trânsito: Avaliação e Prevenção, e teve orientação da professora Alessandra Bianchi.

Segundo estatísticas oficiais, somente no ano de 2008 foram pouco mais de 39 mil mortos, entre 30% e 50% dos acidentes com vítimas estão relacionados ao álcool. As estatísticas de mortalidade refletem os perigos de consumir bebidas alcoólicas antes de conduzir um veículo. No entanto, conforme lembra a pesquisadora, não basta avaliar apenas os números de mortes, mas sim elucidar as causas humanas, enfatizando a percepção dos riscos e seus fatores e, assim, entender a origem das estatísticas. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi investigar a percepção e os comportamentos de risco de jovens condutores para uso de álcool e condução.

Participaram da pesquisa 386 estudantes universitários, 55,7% do sexo masculino com idade média de 24,99 anos. Os instrumentos utilizados foram, além de dados sociodemográficos, um questionário sobre comportamento de risco e duas escalas de Percepção de Risco de Beber e Dirigir. Foi realizado o georeferenciamento com os bairros e locais onde os jovens mais costumam sair para se divertir e a região central constitui uma área de risco que merece atenção.

Os resultados mostram que homens e motoristas experientes percebem menos riscos de dirigir sob efeito do álcool, além de se envolverem em mais acidentes e cometerem mais infrações de trânsito. A percepção de riscos, ser do sexo masculino e dirigir há mais do que três anos se mostraram preditores para comportamentos de risco de cometer infrações e se envolver em acidentes. Além disso, a influência do grupo sobre o comportamento do jovem mostrou-se significativa. Os resultados são importantes para o planejamento de políticas públicas que visem a redução do binômio álcool-direção e a promoção de saúde e segurança no trânsito.

 

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