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Pesquisa indica que livros didáticos em assentamentos devem incluir conteúdo específico

28 maio, 2020
09:10
Por
Ciência e Tecnologia

As especificidades da educação rural, a forma de ser jovem em um espaço de assentamento do Movimento Sem Terra e os livros distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático e utilizados no ensino foram temas de investigação da pesquisadora Edilaine Aparecida Vieira. Ela defendeu o trabalho “Jovens, escolarização e livros didáticos : estudo etnográfico em uma escola de assentamento (SC)”, no Programa de Pós-graduação em Educação, sob orientação da professora Tânia Maria F. Braga Garcia.

A pesquisadora investigou uma escola pública, localizada em um assentamento de reforma agrária, e entrevistou os jovens sobre seu cotidiano escolar. Ela destacou, entre outras coisas, que eles se identificam como agricultores, não só como filhos de agricultores. Além disso, descobriu que 90% deles têm acesso à Internet e boa parte utiliza o livro didático como fonte de conhecimento.

Com relação a este aspecto, os jovens também foram ouvidos sobre as temáticas dos livros e destacaram que eles deveriam ser iguais, no campo e na cidade, mas que os estudantes das áreas urbanas também deveriam acessar temas importantes para a área rural e para a sociedade, como a agroecologia. “Eles fazem questão de afirmar sua condição”, destaca a pesquisadora.

A pesquisa constatou que os livros didáticos não trazem a cultural local como temática. “As relações entre o campo e a cidade não estão presentes nestes livros e esse é um ponto de vista a ser revisitado por editoras de livros didáticos. A questão da cultura local também não está presente e ela é relevante”, destaca. O estudo ainda aponta a possibilidade de elaboração de livros por professores, com a colaboração dos estudantes.

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