

Uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Química de Polímeros e Síntese Orgânica da UFPR venceu o Prêmio Ciência, Tecnologia e Inovação em Biodiesel do Ministério de Ciência e Tecnologia. O estudo “Aditivos Poliméricos Anticongelantes para Biodiesel Etílico de Soja e Misturas” foi elogiado pela contribuição para solucionar problemas de armazenamento, transporte e uso de biodiesel, principalmente nas regiões de temperaturas mais baixas.
Na redução da temperatura ambiente é promovida a solidificação do biodiesel. Segundo uma das autoras da pesquisa, Aline Silva Muniz, que defendeu a dissertação de mestrado sobre o assunto, a temperatura em que a solidificação ocorre, depende da matéria-prima (soja, sebo bovino, palma, milho, algodão) e do álcool utilizado na produção do biodiesel (metanol ou etanol). Explica ainda que ao utilizar biodiesel de soja, a solidificação ocorre em torno de ─ (6ºC), porém quando a temperatura ambiente se aproxima de zero (ºC) a viscosidade já é muito alta.
É possível avaliar impacto dos resultados apresentados no trabalho premiado diante do tamanho do problema que isso significa no inverno para diversos setores da economia, pois os aditivos desenvolvidos no laboratório da UFPR ─ LEQUIPE ─ que pertence ao Departamento de Química, provaram que até mesmo em pequenas quantidades é possível reduzir a temperatura de solidificação (congelamento) para valores muito abaixo de zero grau.
Os resultados obtidos nesta linha de pesquisa auxiliam também a inserção de outras matérias primas no mercado de biodiesel.
A premiação ocorreu durante o 5º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, que ocorreu em conjunto com o 8º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gordura, em Salvador na Bahia. O grupo da UFPR apresentou seis dos mais de 800 estudos mostrados nos dois eventos.
Além de Aline Muniz, a pesquisa tem participação de Thomas Mitchel Freires Baena, Angelo Roberto dos Santos Oliveira e Maria Aparecida F. César-Oliveira.