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Perfil dos novos calouros demonstra mudanças positivas no processo de seleção

10 janeiro, 2006
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Os cursos de Matemática, Matemática Industrial e Estatística convocaram 388 candidatos para participar da 3ª fase estendida que acontece durante o primeiro semestre de aulas de 2006. Só após este período é que serão conhecidos os calouros efetivos que seguirão o curso normalmente.

Assim, 3918 calouros comemoraram sua aprovação na tarde desta terça, 10. Uma grande parte deles participou da festa que a UFPR, junto com o DCE, promoveu no gramado do Centro Politécnico. Foi ali, no auditório do 1º andar do prédio da Administração que o reitor Carlos Moreira Júnior e a equipe do Núcleo de Concursos – unidade da Universidade responsável pelo processo seletivo – fizeram uma análise sobre o perfil dos novos calouros, além de avaliar dados cruzados de 2003 e 2006 – o primeiro e o último processo seletivo da atual gestão.

Avaliação – Para o reitor os dados coletados nos questionários sócio-educacionais de 2003 a 2006 permitem que algumas hipóteses possam ser apontadas para avaliação das mudanças do processo seletivo efetivado em 2005 e dado continuidade em 2006.

Para ele, os dados demonstram que a chance de estudantes de escola pública acessarem o ensino superior na Universidade Federal do Paraná está três vezes maior em 2006 do que era em 2003. ‘Com a série de mudanças implantadas no vestibular do ano passado conseguimos visualizar nos dados apresentados pelo Núcleo de Concursos que diminuímos a desigualdade entre alunos de escola pública e escola particular no que se refere à concorrência por uma vaga. Ou seja, os alunos de escola pública estão, hoje, com mais chance de ingressar na UFPR do que tinham no processo seletivo do meu primeiro ano de gestão’, explica.

Esses dados são demonstrados por índices como: ‘alunos que cursaram integralmente escola pública no Ensino Médio’ e ‘alunos que cursaram integralmente escola particular no Ensino Médio’. ‘No primeiro processo seletivo da minha gestão, em 2003, quando ainda não havíamos promovido nenhuma mudança e elas estavam em estudo, existia uma distância entre estes dois fatores – que representam um dos importantes fatores para se acessar a UFPR – de cerca de 60 pontos percentuais. Com os dados de 2006, segundo ano de implantação das mudanças no processo de seleção, esta diferença caiu para 12 pontos percentuais. Ou seja, estamos diminuindo a desvantagem do aluno de escola pública em competir por uma vaga’, esclarece.

Desigualdades – ‘Temos muito ainda o que avaliar e levar os dados coletados para o Conselho Universitário analisar. Mas o que temos em mãos nos mostra que a UFPR está no caminho certo para diminuir a desigualdade e permitir oportunidades iguais para todos em termos de acesso a universidade pública’, enfatiza o reitor. Segundo ele, o conjunto de mudanças implantadas – sistema de cotas, processo seletivo em duas fases, provas no período da tarde, exigência de maior poder de dissernimento e compreensão do candidato para resolver as questões da prova, tempo de prova, entre outras – podem ser avaliados como pontos positivos para as mudanças positivas que os dados estatísticos revelam. ‘Claro que estes são os fatores que nós temos em mãos e não podemos avaliar todo um contexto. Podem existir outras variáveis, como por exemplo a melhora do nível dos candidatos da escola pública, que fogem a este conjunto de dados que possuímos.’

Outros dados – Dos 46 104 candidatos inscritos no Processo Seletivo 2006, 3,95% eram cotistas raciais e 24,20%, cotistas sociais. Foram ofertadas 758 vagas em cada categoria de cotas, ou seja, 20% do total de vagas de cada curso foram destinadas às cotas sociais e outras 20% para as cotas raciais. Dos aprovados, 8,19% são das cotas raciais (353 calouros) – o que não preenche o número total de vagas ofertadas e 22,85% são das cotas sociais (984 calouros), ou seja, 226 calouros fizeram toda a sua vida escolar em escola pública mas passaram sem precisar utilizar o sistema de cotas.

Foto(s) relacionada(s):


Novas calouras da UFPR
Foto: Isabel Liviski


Trote nas barracas dos cursos
Foto: Isabel Liviski


Pai e filha passam no vestibular
Foto: Isabel Liviski


Mãe comemora com a filha
Foto: Isabel Liviski


Depois da chuva, muita união
Foto: Isabel Liviski


Água para lavar a alma
Foto: Isabel Liviski


Não faltou o banho de lama
Foto: Isabel Liviski

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Fonte: Patricia Favorito Dorfman

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