Para o professor Nivaldo Rizzi, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, os novos cursos são exemplo de um crescimento que não aconteceu apenas neste ano, mas vem sendo registrado nos últimos seis anos: até 1999, a UFPR contava com 32 cursos de Mestrado e hoje oferta 46 enquanto que no Doutorado eram 17 e agora somam 29. O pró-reitor explica que o fortalecimento da pós-graduação, com a criação de novos cursos de Mestrado e Doutorado, é característica própria das universidades públicas que têm como premissa a indissociabilidade do ensino, pesquisa e a extensão, caso da UFPR. Ele explica que uma pós-graduação forte beneficia e muito a instituição, seja por torná-la reconhecida, referência pelos altos percentuais de doutores e bom número de grupos de pesquisa, seja pelo fato de disputar com maior competência os recursos dos projetos de Ciência e Tecnologia.
A política de capacitação buscada pela universidade atualmente não visa apenas a titulação ou a expansão do sistema: vê também a pós-graduação como um mecanismo de realização da pesquisa de uma maneira dinâmica. “A pesquisa é um instrumento de ensino. Não é estágio fim”, explica Rizzi, ao comentar que as pesquisas são um meio de aperfeiçoamento que tem como conseqüência o ensino de maior qualidade.
O pró-reitor diz que a administração central vem estabelecendo políticas centradas na construção de um sistema que respeite as potencialidades acadêmicas, a diversidade na produção do conhecimento com vistas ao desenvolvimento regional, sem perder de vista a universalidade da produção do conhecimento. Todo esse esforço não teria tamanha amplitude, porém, não fosse a vontade dos pesquisadores. “Quem faz o programa é o professor”, frisa Rizzi.
Mestrados em áreas novas – As duas formações de Mestrado abertas vêm atender a áreas relativamente novas em termos de pós-graduação no Estado: as Ciências Marinhas e o Design. Com aulas no Centro de Estudos do Mar, em Pontal do Paraná, a pós-graduação em Ciências Marinhas vai ofertar o Mestrado em Sistemas Costeiros Oceânicos, área de concentração em Dinâmica dos Ecossistemas Oceânicos e Costeiros. E as linhas de pesquisa serão: Dinâmica Oceânica e Costeira; Bioquímica Marinha; Biologia e Ecologia de Sistemas Oceânicos e Costeiros; e Manejo Integrado da Zona Costeira.
O Mestrado em Design da UFPR é o primeiro mestrado da área no sul do Brasil e o segundo em universidade federal. É fruto de uma trajetória que vem desde 2001 que realizou-se uma primeira iniciativa de estruturação e implementação de um Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Mestrado em Design na UFPR, através de seus docentes doutores. “Infelizmente, na época o Programa não foi recomendado pela CAPES devido à necessidade de maior produção científica e mais docentes doutores na área de design”, afirma Carla Spinillo, coordenadora do Mestrado.
Segundo Carla, entre 2002 e 2004, o Departamento de Design realizou um esforço e incentivou a realização de projetos de pesquisa por seus professores, e a maior intensidade nas publicações nacionais e internacionais, assim como a busca pela contratação de mais doutores na área. “Os avanços e melhorias foram, e estão sendo, realizados na área de design da UFPR, quanto ao perfil dos docentes e sua produção/atuação, instalação de laboratórios e infra-estrutura, como o NDS- Núcleo de Design e Sustentabilidade e o LAI- Laboratório de Animação Interativa que contam com parcerias de instituições nacionais e internacionais”, explicou ela.
A formação terá como área de concentração o Design Gráfico e de Produto e as linhas de pesquisa desdobram a Concentração e propõem como foco a investigação em Sistemas de Informação, Produção e Utilização de imagens e objetos. Entre os principais objetivos do curso, propiciar ao mestrando um nível profissional elevado, a ponto de liderar e conduzir com excelência pesquisas no âmbito do design; atuar com competência acadêmico-científica na área de design como docentes pesquisador em instituições de ensino superior e ainda atuar na geração de conhecimentos para a prática profissional.
Doutorados em Engenharia Mecânica e Geografia já iniciam com conceito 4 – Enquanto os Mestrados significam o crescimento de áreas novas na universidade, as formações de Doutorado aprovadas pela CAPES mostram o avanço de pós-graduações já há muito consolidadas na instituição e a expansão dos programas é decorrência natural da qualificação e experiência adquirida pelo corpo docente. É o caso dos Doutorados em Engenharia Mecânica e Geografia que já iniciam com o conceito 4.
O curso de doutorado do programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica busca a formação de profissinais para atuar na área de pesquisa, docência e consultoria, interna ou externa as empresas, com um nível de conhecimento mais aprofundado tanto teórico como no que se refere às metodologias de coleta de dados, simulação, e análise no domínio da Engenharia Mecânica.
Da mesma forma que o curso de Doutorado em Engenharia Mecânica, o de Geografia vem para preencher uma lacuna enorme na formação de doutores desta área. É o primeiro doutorado em Geografia do Paraná. Segundo o professor Francisco Mendonça, coordenador do doutorado, o Paraná é um dos estados brasileiros que mais oferta cursos de graduação em Geografia, formando todos os anos um contingente considerável. Há décadas que os formados na área têm procurado os estado do Rio de Janeiro e Paulo para fazer doutorado e a expectativa é de que haverá uma concorrência alta para as vagas a serem ofertadas. “Nós do Paraná vamos estar dando resposta a uma demanda qualificada elevada”, afirma Francisco.
Centrado na área de concentração “Espaço, Sociedade e Ambiente” o Doutorado em Geografia compreenderá quatro linhas de pesquisa, cujo núcleo central já vem sendo desenvolvido pelo Mestrado.
Evolução dos Programas de Pós-graduação
Ano Mestrado Doutorado
até 1999: 32 17
2000: 36 19
2001: 38 20
2002: 39 24
2003: 41 24
2004: 44 27
2005: 46 29
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Fonte: Sonia Loyola e Patricia F. Dorfman
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