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Tese mapeia padrões socioterritorias entre povos Kaingang e Guarani Mbya

30 abril, 2020
09:27
Por
UFPR

Com o objetivo de comparar as formas de produção de território das duas maiores populações indígenas do Sul do país, os Guarani e os Kayngang, o pesquisador Paulo Roberto Homem de Góes produziu um estudo etnológico orientado pelo professor Ricardo Fernandes, do  Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Paraná. Ele também utilizou metáforas para apresentar suas conclusões a respeito da territorialização das formas sociais: o Rizoma Mbya em contraste com as tuberosas Kaingang. O estudo “Morfológicas : um estudo etnológico de padrões socioterritoriais entre os Kaingang (dialeto Paraná) e os Mbya (Litoral Sul)” está disponível aqui.

Segundo o pesquisador, a reflexão etnográfica apontou como, por meio de certas escalas de organização, os povos produzem territórios que se replicam em padrões observáveis em um nível mais continental. Neste sentido, verificou nos Jê, família linguística dos Kayngang, um adensamento populacional muito maior por aldeia.

As análises pretendem apresentar os contrastes mais gerais observáveis entre os povos por meio de suas famílias linguísticas. No caso dos Jê, por exemplo, ele verificou a autoridade e os diferentes níveis de hierarquia, tais como cacique e vice-cacique, como um componente importante a se pensar quanto à organização do território e até mesmo na demarcação da terra indígena. Além disso, entre estes povos é possível verificar dialetos por região, enquanto que no caso dos Guaranis, o tupi-guarani é a mesma língua falada no Paraguai.

De acordo com Fernandes, que orientou o trabalho, é importante compreender como esses povos veem, classificam e percebem o mundo. Para ele, o etnoconhecimento é uma porta para aprender sobre natureza, relações humanas e relações históricas.

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