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Pesquisa constata que cidadão é invisibilizado nas imagens de conflitos na Colômbia

11 junho, 2020
09:30
Por
Ciência e Tecnologia

Por meio da análise de 1611 fotografias, a pesquisadora Claudia Solanlle Gordillo Aldana estudou as rotinas visuais da guerra civil da Colômbia. O trabalho, intitulado “Rotinas visuais da guerra na Colômbia : territórios e corpos na fotografia documental”, foi defendido no Programa de Pós-Graduação em Sociologia, sob orientação da professora Ana Luisa Fayet Sallas.

A guerra civil colombiana explodiu nos anos 1960 e durou mais de cinco décadas, com cerca de 8 milhões de vítimas. O estudo utiliza o fotojornalismo como forma de investigar a naturalização do conflito. As imagens foram retiradas de jornais, relatórios e de blogs de três comunidades da Colômbia e, na pesquisa, constituiram pranchas, atlas e mosaicos, “gerando constelações visuais que tensionam visibilidades e invisibilidades da guerra”. A pesquisadora também montou uma exposição fotográfica com oito obras.

Ela conta que, nas 1611 fotografias, foi possível verificar a ideia de repetição. “A guerra que é fotografada no fotojornalismo da Colômbia dá mais sentido ao soldado que ao cidadão”. Diante disso, ela concluiu também que os civis aparecem como objetos fantasmagóricos, invisibilizados nas representações.

O militar e a institucionalidade, por outro lado, têm um peso mais forte, com uma narrativa que evoca a guerra como possibilidade de vitória. As imagens, em seu conjunto, também “reafirmam que a guerra, a morte, os inimigos, as vítimas e a barbárie são necessárias para continuar a reproduzir economias e status quo que sustentam as cidades e seus moradores”.

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