

A participação da UFPR Litoral, por meio do Labmóvel, recebeu elogios da equipe do Instituto de Estratégias Ambientais Globais (Institute for Global Environmental Strategies – IGES). Há um ano, o IGES, em parceria com o Programa Labmóvel da UFPR Setor Litoral e o apoio da Nasa (Agencia Espacial Norte-Americana), iniciou no Litoral do Paraná as ações do projeto GO Mosquito.
Nele, alunos de vários colégios da região receberam um kit para desenvolver o trabalho. Os professores foram capacitados se comprometeram a coletar dados, com seus estudantes, sobre a larva de mosquito a cada 15 dias, durante 5 meses, utilizando um aplicativo para dispositivos móveis desenvolvido pela Nasa.
Inseridos nessa ação colaborativa, professores e estudantes do Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha, desenvolveram o projeto A influência de fertilizantes e grãos no desenvolvimento das larvas do mosquito Aedes aegypti na cidade de Paranaguá, que ficou em primeiro lugar na Feira de Ciências promovia pelo IGES.
O experimento demostrou que as larvas em uma solução que continha componentes de fosfato e soja apresentaram alterações no quinto dia, atingindo por completo seu estágio de larva. Enquanto a solução que continha apenas água e os ovos teve sua transição apenas no oitavo dia. O que pode evidenciar que há uma grande influência da presença de fertilizantes e grãos no desenvolvimento das larvas do mosquito Aedes aegypti.
Premiação
A equipe do IGES esteve em Paranaguá para premiar os projetos vencedores da Feira e se reunir com o prefeito Marcelo Roque. Estiveram presentes a diretora do IGES, Dra. Russanne Low, e a vice-diretora do projeto, Renée Codsi, juntamente com o diretor do Setor Litoral da UFPR, Renato Bochicchio, e o coordenador do Programa de Extensão Labmóvel, Rodrigo Reis. O objetivo do encontro, além de apresentar os resultados do primeiro ano de aplicação do projeto, foi ressaltar a necessidade do apoio da prefeitura para a continuidade do mesmo.
“Vocês têm uma pedagogia holística que olha o entorno. Estou muito impressionada com essa cultura, com esse trabalho”, declarou Russane. Para ela, o foco de atuação da UFPR no litoral é forte e representativo. Vemos que os estudantes envolvidos no Labmovel são capazes de planejar e pesquisar, não ficam apenas nas discussões teóricas. “Conseguimos replicar o projeto em outros países, como Vietnã e Togo, graças ao sucesso que tivermos aqui”, continuou Russane.
No Brasil, além do litoral do Paraná, o projeto está sendo aplicado na cidade do Rio de Janeiro e em São José dos Campos (SP), e começará a ser desenvolvido em Natal (RN) e Salvador (BA). Ele ainda está presente no Peru e no Paraguai.
Novas perspectivas
A equipe do projeto Globe esteve na UFPR Setor Litoral para ministrar mais um workshop sobre a metodologia de pesquisa do projeto. No período da tarde, o professor André Bellin Mariano, do Departamento de Engenharia Elétrica, representando o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Autossustentável (NPDEAS), apresentou projetos como um fotobiorelator e um sistema portátil chamado de B1K3 LAB – uim laboratório móvel que pode ser instalados em bicicletas ou automóveis para mensurar a qualidade do ar e da água. A proposta do NPDEAS, em parceria com o Labmovel, é iniciar a experiência instalando o equipamento em um ônibus laboratório que circula no litoral do Paraná e posteriormente, em conjunto com o Globe, levá-lo para as escolas que integram o projeto no litoral.