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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


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Instituições planejam ações para fortalecer o Centro Regional de Integração e Expertise em Educação para o Desenvolvimento Sustentável

Representantes das quatro instituições de ensino superior que constituem o Centro Regional de Integração e Expertise em Educação para o Desenvolvimento Sustentável (CRIE) – Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE) – reúnem-se periodicamente para planejar e alinhar ações.

Uma das ações previstas pelo grupo é a produção do número quatro da revista do CRIE, que deverá ter duas edições – on line e impressa – e será lançada provavelmente até o final do ano. Voltada à divulgação de ações ligadas ao desenvolvimento sustentável, a revista é uma das principais ferramentas de divulgação da rede, que foi criada em 2007 e já recebeu vários prêmios internacionais devido ao seu trabalho. O grupo também planeja tornar vários projetos e iniciativas no campo do desenvolvimento sustentável que hoje são realizadas isoladamente pelas instituições em projetos comuns e efetivamente em rede.

Grupo de representantes das instituições que formam o CRIE: ideia é ampliar trabalho em rede. Foto: acervo pessoal

O CRIE – Curitiba

Pioneiro na América Latina, o CRIE – Curitiba foi um dos primeiros centros aprovados pela Universidade das Nações Unidas (UNU), Instituto para Estudos Avançados em Sustentabilidade (UNU – IAS), em 2007. Seu objetivo é promover a educação formal e não formal com o propósito de se alcançar o equilíbrio sustentável nas áreas econômica, ambiental, social e cultural. Reúne profissionais de várias áreas da quatro instituições de ensino superior e, desde sua fundação, recebeu vários prêmios e reconhecimento pelo seu trabalho em defesa da sustentabilidade.

O CRIE é parte de uma rede de centros de expertise em educação para a sustentabilidade composta por mais de 150 centros em diferentes países do mundo, coordenados pela Universidade das Nações Unidas (UNU), com sede no Japão. A rede mundial dos centros possui a liberdade para desenvolver e implantar seus projetos sustentáveis de acordo com as necessidades locais, sem passar por aprovação da hierarquia da organização, atrelada muitas vezes a projetos oficiais de governos federais

O CRIE – Curitiba já desenvolveu duas grandes iniciativas internacionais. A primeira foi em 2010, com o encontro mundial dos RCEs (Regional Centres of Expertise), na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), com as presenças de 600 representantes de mais de vinte países. Em 2016, o grupo promoveu novamente a Conferência das Américas, em Curitiba, com o tema “Economia de Baixo Carbono, Energia Renovável e Cidades: o Papel da Educação”.

Escritório Verde, da UTFPR

O coordenador do CRIE – Curitiba e do Escritório Verde da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), professor Eloy Casagrande Junior, disse que a atuação do grupo não se restringiu ao debate sobre temas, mas à promoção de eventos por meio da interface com grupos de pesquisas e com órgãos públicos relevantes, como a Prefeitura de Curitiba e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). “Neles, oferecemos soluções para que possamos trazer redução do impacto ambiental no modelo urbano”, disse.

Um dos projetos da UTFPR identificados com a proposta da rede é o Escritório Verde, que abriga a sede do CRIE. Com 150 m2, trata-se de uma construção pioneira totalmente sob princípios de sustentabilidade do Paraná. A unidade é formada de painéis de madeira em estrutura de pinus tratado, com mantas para isolamento térmico (feito em PET reciclado e conforto acústico (feito com pneus reciclados), pisos também de materiais reciclados, vidros duplos, sistema de coleta de água de chuva para os sanitários e mobiliário ecológico em bambú.

O telhado é parte coberto com painéis solares fotovoltaicos, parte painéis solares térmicos e parte de cobertura verde (com plantas). Os elementos construtivos, tecnológicos e a energia solar produzida tornam o Escritório Verde de “energia positiva”, ou seja, na média anual ele gera mais eletricidade que consome e compartilha o excedente na rede da concessionária.

O Escritório Verde já foi objeto de pesquisas de Trabalhos de Conclusão de Cursos de diferentes cursos de engenharia, de mestrado e doutorado, além de receber vários prêmios importantes. Entre eles, em 2012, uma premiação concedida em Tongyeang (na Coréia do Sul), durante a “Sétima Conferência dos Centros de Expertise em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da ONU”. O projeto também recebeu um troféu, na categoria de Sustentabilidade do Santander, Guia do Estudante – Destaques do Ano 2012, em parceria com a Editora Abril.

Laboratório de Energia e Meio Ambiente (GEANEX), da UFPR

O Laboratório de Energia e Meio Ambiente da UFPR, coordenado pelo professor Marcelo Errera, participa do CRIE ativamente com ações dentro do Programa de Extensão Ciclovida e eventos como a III Semana da Sustentabilidade em 2017.

O Ciclovida permeia toda a UFPR e tem grande relevância pública. Coordenado pelo professor José Carlos Belotto, o programa foi criado em 2008 e promove a ciclomobilidade como alternativa viável para a comunidade universitária e como política pública de Curitiba. Estimula também o desenvolvimento de pesquisas de graduação e de pós-graduação sobre o tema. Surgiu, originalmente, com o objetivo de promover o uso da bicicleta pela comunidade universitária da UFPR, partindo da premissa (uma pesquisa feita em 2003) de que 65% dos servidores da universidade eram sedentários. Depois, ampliou sua atuação e passou a fornecer suporte para o desenvolvimento de pesquisas feitas por estudantes de vários cursos sobre mobilidade urbana. O programa produziu diversas publicações acadêmicas, científicas e de divulgação áudio-visuais e impressas.

O professor Marcelo Errera explica a importância do trabalho desenvolvido na Universidade e o que se busca. “No momento, queremos que as nossas ações sejam melhor estruturadas em rede para alçar uma escala maior do impacto do CRIE”, diz e abre o convite para outros colegas da UFPR, “No futuro próximo faremos chamadas e convites para que mais colegas da UFPR integrem o CRIE”.

A pesquisadora e colaboradora da UFPR Dra. Patricia Charvet também integra o CRIE. Em 2014, com o projeto do Núcleo Senai de Sustentabilidade, ela e a Alaer Cardoso Jr. receberam um prêmio na categoria “Community Engagement: Mobilising Local Innovations for Sustainable Development” durante a 9ª Conferência Global RCE (Regional Centre of Expertise), em Okayama, no Japão. “Foi um reconhecimento de mérito do projeto na obtenção de metas de Educação para o desenvolvimento sustentável”, disse. “O projeto tem uma parte de educação empresarial da cadeia produtiva, desde fornecedores e produtores até quem trabalha com os resíduos do produto final, devem ser considerados”. O envolvimento e comprometimento do setor produtivo é uma peça chave para que os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) sejam atingidos até 2030.

Vizinhança, da PUC-PR

Outra instituição parceira do CRIE é a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que tem uma representante no movimento: a professora e pesquisadora do curso de Design Marcia Elizabeth Brunetti, que atua no LabCidades, grupo que reúne pesquisadores de diversas áreas da Arquitetura, Design e Engenharias para dar soluções ambientais para as cidades. A equipe está envolvida no PROJETO VIZINHANÇA, capitaneado pela Pró Reitoria Acadêmica, que consiste na efetivação da PUCPR como agente de impactos positivos em seu território de inserção. Dentre os projetos dedicados aos moradores da Vila Torres, a prof. Marcia trabalha com estudo de novas fontes de renda para os trabalhadores da Cooperativa de Catadores de Material reciclável, como a criação de brinquedos para agregar maior valor ao material recolhido. “Buscamos aliar o ensino, a pesquisa e a extensão a ações práticas. Não é assistencialismo. A proposta é educá-los para eles possam realizar seus trabalhos”. A equipe também já instalou uma cooperativa de costura (design de moda) onde as moradoras receberam formação para produção e comercialização dos seus produtos.
ISAE

O Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE) participa do CRIE desde 2016 e é representado pela coordenadora- adjunta do Centro de Pesquisa, Maíra Ruggi. O ISAE sempre teve uma aproximação com a Organização das Nações Unidas (ONU). Tanto que, hoje, o seu presidente, Normal de Paula Arruda, comanda também o PRIME LAC (Capítulo Latino-Americano e Caribenho do PRME – Principles for Responsible Management Education). “Temos diversas ações com a ONU. O ISAE atua fortemente na parte do desenvolvimento sustentável e dos ODS. Todas as suas ações são pautadas para este campo. Além da 4ª edição da revista do CRIE, o ISAE quer fazer um trabalho envolvendo refugiados, é realizador de um Prêmio voltado para a disseminação de iniciativas sustentáveis, chamado Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável, além de outros projetos nessa área, vários deles vinculados ao Mestrado Profissional em Governança e Sustentabilidade”, explica Maíra.

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