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Grupos de pesquisa se unem para promover debate sobre a cultura do estupro

15 março, 2016
20:10
Por Henrique Rosso
Ciência e Tecnologia

testeiraO Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos (CESPDH) e o Núcleo de Estudos de Gênero da UFPR uniram-se para a realização da mesa-redonda “Cultura do Estupro e Violências Institucionais: uma reflexão sobre práticas e protocolos”. A iniciativa é aberta à sociedade e busca provocar discussões sobre a banalização da violência sexual.

A abertura do evento – que ocorrerá na noite desta quinta-feira (17) – fica a cargo dos professores do Departamento de Sociologia, Marlene Tamanini (também coordenadora do Núcleo de Estudos de Gênero) e Pedro Bodê (coordenador do CESPDH). Para diversificar as abordagens sobre o tema, participarão ainda:

Xênia Mello, mestranda em Sociologia na UFPR, advogada, militante periférica e feminista, atua no enfrentamento à violência contra a mulher e na defesa da assistência humanizada ao nascimento.

Maria Cristina Fernandes, assistente social, especialista em Saúde Pública e mestre em Política Social. Diretora do Departamento de Promoção de Saúde, responsável pelo Protocolo para o atendimento às pessoas em situação de violência sexual do estado do Paraná.

Flávia Scholz, graduanda do curso de Comunicação Social com habilitação em Relação Públicas na UFPR. Pesquisa a temática de Pornografia Não Consensual e é colaboradora do Elas Também. Uma das autoras da pesquisa em curso “Machismo na UFPR”.

E, como mediadora, Mariana Corrêa de Azevedo, doutoranda em Sociologia na UFPR e pesquisadora do CESPDH.

De acordo com pesquisadores do tema, o termo “cultura do estupro” é utilizado quando a violência sexual torna-se algo usual, normalizado dentro de uma sociedade. Ainda segundo estudos, a tolerância e a banalização acabam incentivando ainda mais as atitudes violentas. Entre os exemplos de comportamentos associados à cultura do estupro estão a culpabilização da vítima, a sexualização da mulher como objeto e a normalização da violência contra a mulher.

Já para definir os tipos de violência, os conceitos utilizados pelo Conselho Nacional de Justiça têm sido importantes orientadores. Entre as 11 formas classificadas pelo órgão, estão:

Violência sexual – acão que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses atos com terceiros.

Violência institucional – é todo tipo de violência motivada por desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.) predominantes em diferentes sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes grupos que constituem essas sociedades.

A mesa-redonda “Cultura do Estupro e Violências Institucionais: uma reflexão sobre práticas e protocolos” será realizada às 18h30, no Anfiteatro 100 (1º andar), campus da Reitoria da UFPR. A entrada é gratuita, sem necessidade de inscrição prévia. O evento garante aos presentes uma declaração de participação com carga horária de quatro horas.

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