

Os 20 anos do Evento de Iniciação Científica, o Evinci, foram comemorados nesta semana na UFPR, durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe). Momento em que os estudantes apresentam resultados de trabalho e trocam experiências, o Evinci está consolidado no calendário da instituição. “Ao longo desses anos, foram apresentados cerca de 16.500 trabalhos. E 15% dos nossos alunos de pós-graduação são ex-bolsistas ou voluntários de iniciação científica, isso demonstra que existe um impacto dos programas de iniciação científica e tecnológica na pós-graduação”, observa a professora Maria de Fátima Mantovani, coordenadora de Iniciação Científica e Integração Acadêmica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPR.


Os números também mostram que a atividade é valorizada. Para este ano, a UFPR conta com 911 bolsas na área, sendo 418 bolsas de Iniciação Científica do CNPq, 180 da Fundação Araucária e 240 da própria Universidade. A novidade é a oferta de 63 bolsas da Capes para o programa Jovens Talentos para a Ciência, que contempla alunos de graduação já a partir do primeiro semestre do curso.
Na manhã desta quinta-feira (04), o Evinci promoveu uma conferência com a professora Lucimar Batista de Almeida, coordenadora de programas acadêmicos do CNPq. Ela falou sobre “Evolução da Iniciação Científica no Brasil e Perspectivas Futuras”, mostrando que as bolsas de Iniciação Científica foram criadas juntamente com o CNPq, em 1951, e desde então têm evoluído para abranger mais estudantes de diversas formas. Hoje são distribuídas pela instituição cerca de 31 mil bolsas de Iniciação Científica, em duas modalidades – Pibic e Balcão (por demanda). Em 2010, o CNPq criou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) – Ensino Médio, para incentivar a pesquisa científica precoce, entre alunos que ainda não entraram na universidade.
Na opinião da professora Lucimar, a iniciação científica enriquece o aluno, propicia a colocação precoce no mercado de trabalho e desperta o interesse pela pesquisa e pela carreira acadêmica. Também permite a integração entre o mundo científico e as atividades práticas da profissão, desenvolvendo no bolsistas competências diferenciadas em relação aos demais estudantes.
AVALIAÇÃO DA SIEPE
A qualidade dos trabalhos e a boa organização do Evinci e da Siepe foram destacadas pelos avaliadores externos do CNPq, Edinei Koester, da UFRGS e Brígido Vizeu Camargo, da UFSC. “A Semana cumpre o que se espera de um evento deste nível”, afirmou Koester. Já Camargo destacou a efetividade da Semana, que propicia a articulação entre a graduação e a pós-graduação.