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Estudos hidrogeológicos ajudam comunidade das Bahamas a enfrentar impactos do furacão Dorian

08 março, 2022
08:24
Por
Ciência e Tecnologia

Em janeiro deste ano, o professor Gustavo Athayde, do Departamento de Geologia e do Laboratório de Pesquisas Hidrogeológicas (LPH) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), participou de missão no arquipélago das Bahamas, como membro de um grupo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o de objetivo avaliar os impactos da passagem do furacão Dorian no aquífero local, responsável pelo abastecimento de água em toda ilha.

Professor Gustavo Athayde realiza amostragem de água subterrânea em caverna. Foto: Arquivo Pessoal

O furacão Dorian atingiu o noroeste do Caribe entre o final de agosto e o início de setembro de 2019.  A tempestade de categoria 5 — a mais alta segundo a escala Saffir-Simpson — foi a mais forte registrada na região, com ventos de até 300 quilômetros por hora. O fenômeno causou estragos em partes dos Estados Unidos, como nos estados de Geórgia e Carolina do Norte, deixando mais de 330 mil residências e empresas sem energias. Porém a região mais afetada foi o país insular Bahamas, onde cerca de 70 mil pessoas precisaram de comida e abrigo.

Conforme conta Athayde, durante o furacão, o continente ficou praticamente submerso pela água do mar, o que ocasionou a salinização do aquífero, tornando essa fonte de água imprópria para consumo. “Os trabalhos compreenderam a coleta de água nos poços tubulares, que serão analisadas no LPH; estudos hidrogeológicos visando estimar a recarga do aquífero; e modelos matemáticos visando estimar a profundidade das lentes de água doce e salgada na ilha”, explica.

Laboratório montado no hotel dos pesquisadores para realização de análises físico-químicas. Foto: Arquivo Pessoal

Os resultados obtidos pelo grupo da Unesco permitirão avaliar a qualidade da água destinada ao consumo humano e a atividades econômicas; o tempo que a recarga do aquífero levará para dessalinizar as águas; e quais os poços tubulares devem ser priorizados para captação de água subterrânea com qualidade.

Segundo o professor, a participação na missão contribui com a internacionalização da UFPR e dos pesquisadores do Laboratório de Pesquisas Hidrogeológicas. “Também representa a aplicação do conhecimento cientifico em prol do bem-estar da sociedade”.

A equipe foi coordenada pelo professor Henrique Chaves da Universidade de Brasília (UnB) e teve a participação de pesquisadores locais.

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