Equações auxiliam a avaliação da qualidade do solo e a decisão sobre seu melhor uso. Foto: Samira Chami Neves
Os solos não são todos iguais. Eles podem parecer iguais na sola do seu sapato, mas sob um microscópio, a história é diferente. Raízes de plantas, pequenos insetos e outros fatores diferenciam um solo de outro.
Cientistas da área avaliam diferentes aspectos do solo – quanto ar ele contém, como ele retém água e calor, entre outros – para determinar se ele é mais adequado para um uso específico. Essas são as propriedades físicas do solo.
Quando se quer construir ou plantar nesse solo, é importante conhecer suas muitas propriedades físicas. A água flui através do solo, ou escorre por sua superfície? Com que velocidade? Com que facilidade as raízes e equipamentos agrícolas o atravessam?
Os solos sustentam plantações, florestas, produção animal, urbanização, silos, barragens, estufas, entre outros. Robson Armindo, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR, queria compreender melhor as interações entre solo, ar e água. Para isso, ele trabalhou com Ole Wendroth, professor da Universidade de Kentucky (EUA).
“Por ter uma personalidade interrogativa, era difícil usar um índice genérico de qualidade física do solo sem saber sua origem e processo”, diz Armindo. “Isso despertou minha curiosidade para avaliar muitos outros fatores em uma análise”.
Para produção agrícola, Armindo define a qualidade do solo como a habilidade de um dado solo de dar à planta tudo o que ela precisa para crescer da melhor maneira possível. Uma produção bem sucedida depende de uma boa combinação de solo.
“Por exemplo, em condições de agricultura irrigada, o melhor tipo de solo pode ser um solo arenoso em vez de um argiloso”, explica. “O produtor deve levar em conta o objetivo, o tipo de cultura e o clima para determinar se o solo tem qualidade física adequadas ou não”.
Mas o que faz um solo ser de ótima qualidade? A estrutura do solo pode mudar de acordo com a safra, clima e o uso da terra em questão. Ainda, os solos diferem bastante com o espaço e com o tempo. Essa variabilidade dificulta o processo.
Armindo e Wendroth combinaram essas informações em equações matemáticas. Eles testaram sua teoria em diferentes solos na Alemanha, Brasil e Estados Unidos e viram que as equações funcionavam.
O método dos pesquisadores para avaliar a qualidade física do solo pode ser feito em qualquer solo. Ele seria útil, por exemplo, para entender se um solo seria adequado para agricultura ou a uma fundação para projetos de construção. Essa avaliação pode poupar tempo e dinheiro, e evitar que se escolha um solo desvantajoso para a produção.
“Com a informação resultante das equações, é possível decidir como usar um solo específico”, explica Armindo. “Essa informação, somada a outras propriedades físicas, químicas e biológicas, permite ao agrônomo ou gestor da terra decidir pelo melhor uso e gerenciamento desse solo”.
Clique aqui para acessar o artigo.
Por Soil Science Society of America
Já está disponível a avaliação de cursos e disciplinas do segundo semestre do ano letivo de 2024. Alunos […]
Pesquisadores do Núcleo de Fixação Biológica de Nitrogênio da UFPR trabalharam décadas para criar inoculante que alavanca produção na agricultura.
A exposição “Nhande Mbya Reko: Nosso Jeito de Ser Guarani”, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade […]
O Centro de Estações Experimentais – Fazenda Canguiri da Universidade Federal do Paraná (UFPR) recebeu doze novos equipamentos […]