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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


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Dados apresentados por projeto da UFPR subsidiam análises a respeito do esporte de alto rendimento no Brasil

Nesta quinta-feira (26), durante o III Seminário Internacional de Políticas Públicas para o Esporte, foram apresentados os dados do projeto Inteligência Esportiva (IE) – ação conjunta entre o Centro de Pesquisa em Esporte, Lazer e Sociedade (Cepels) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (Snear) do Ministério do Esporte. Foi desenvolvido, no projeto, um banco de dados com informações sobre atletas, entidades e modalidades esportivas que subsidiam a análise a respeito do esporte de alto rendimento no Brasil e das políticas públicas para o esporte nesta dimensão.

O relatório produzido pelo IE foca nos programas Bolsa Atleta, Bolsa Atleta Pódio, Rede Nacional de Treinamentos e Jogos Escolares Brasileiros, realizados pela Snear. O banco de dados elaborado reúne informações acerca de 22.700 atletas e 57 mil bolsas dos programas Bolsa Atleta e Bolsa Atleta Pódio; 55 mil dados relacionados à Rede Nacional de Treinamento; 7.700 pódios relativos aos Jogos Escolares Brasileiros; e cinco mil entidades esportivas.

Foto: Marcos Solivan

A utilização dessa base de informações torna possível cruzar dados e gerar elementos de modo rápido e preciso, auxiliando pesquisadores, gestores e profissionais do esporte – técnicos e atletas – sobre a compreensão das suas atividades. O sistema possui mais de 50 mil atletas e, aproximadamente, cinco mil instituições cadastradas, resultando em um volume superior a três milhões de registros.

Também foi lançado o site do projeto, que disponibiliza, de forma pública à toda a sociedade brasileira, as informações obtidas com o trabalho. De acordo com um dos coordenadores do IE, Fernando Marinho Mezzadri – também pró-reitor de planejamento, orçamento e finanças da UFPR -, o trabalho reflete o esporte no Brasil de forma transparente. “O diagnóstico é o princípio básico para o desenvolvimento das políticas públicas”, enfatiza.

Dados apresentados

Foto: Marcos Solivan

Bolsa Atleta

Promulgado pela Lei nº10.891/04, o programa surgiu com o objetivo de subsidiar financeiramente os atletas brasileiros, criando condições para que eles se dediquem integralmente aos treinamentos, mantendo os níveis de competitividade gradual do número de bolsas destinadas aos atletas durante os 12 anos de programa. No total, foram distribuídas 57.271 bolsas dividas entre esportes olímpicos, paralímpicos, não olímpicos e olímpicos de inverno.

Esta foi a primeira política federal a beneficiar financeiramente o atleta de maneira direta, e não somente as instituições que organizam e/ou controlam as modalidades. Tal fato demonstra que o governo federal tem centrado suas ações políticas na melhoria do desempenho nos esportes que compõem o quadro dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Bolsa Atleta Pódio

Instituída pela Lei nº 12.395/11, é uma categoria do programa Bolsa-Atleta. O estudo aponta que o principal objetivo do governo federal com a destinação desta categoria de bolsa foi garantir o desenvolvimento máximo dos aspectos físicos, técnicos, táticos e psicológicos dos atletas, representando um novo patamar de investimentos no esporte, visando à preparação dos atletas olímpicos e paralímpicos para os Jogos Rio 2016.

Rede Nacional de Treinamento (RNT)

O projeto, dedicado à captação e organização de dados do esporte de rendimento no Brasil, registrou, ao longo dos cinco anos em funcionamento, mais de 50 mil atletas e quase cinco mil instituições, informações que estão consolidadas no banco de dados do Projeto Inteligência Esportiva. Essa análise, centrada no atleta, pode identificar um potencial candidato a evoluir no atletismo mundial e conseguir uma medalha em uma competição expressiva.

Jogos Escolares Brasileiros

As competições escolares iniciaram em 1969, em Niterói (Rio de Janeiro), e desde 2005 têm sido realizadas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Atualmente, a cada ano, esses eventos reúnem mais de oito mil estudantes provenientes de escolas públicas e privadas, além de técnicos e dirigentes, de todos os estados do País.  Os Jogos Escolares se constituem em uma importante política pública para a promoção e fomento do esporte escolar.

O panorama dos Jogos Escolares, na perspectiva de pódios, mostra que existem diferenças significativas entre os estados e regiões brasileiras que participam desses eventos. Nas modalidades individuais, os estados com maiores destaques são Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Nas modalidades coletivas, existe uma distribuição de pódios mais equilibrada entre os estados.

O Seminário

Foto: Marcos Solivan

O III Seminário Internacional de Políticas Públicas para o Esporte teve início na quarta-feira (25) e se estende até sexta-feira (27) com mesas de discussões e palestras, ministradas por brasileiros e estrangeiros, sobre os temas emergentes na área das políticas públicas para o esporte (confira a programação).

Aproveitando a apresentação da Cartilha de Governança em Entidades Esportivas, a governança no esporte também será um dos tópicos abordados no último dia de evento. Lançada no dia 2 de abril, a publicação – inédita no país – foi produzida pelo projeto Inteligência Esportiva e objetiva orientar os gestores de entidades beneficiadas pelos recursos da Lei Agnelo/Piva (Lei nº 9.615/98).

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