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Curitiba registra aumento expressivo da carga viral de Covid-19 nos esgotos; valores são os maiores desde janeiro

A Rede Monitoramento Covid Esgotos publicou, na última sexta-feira (27), uma nova Nota de Alerta sobre o aumento expressivo da carga viral de Sars-CoV-2 nos esgotos de Curitiba. No prazo de um mês, esse é o terceiro informativo alertando sobre o crescimento da circulação do vírus na cidade. Desde janeiro de 2022, não eram registradas cargas tão elevadas na capital paranaense. O aumento da carga viral nos esgotos em Curitiba também foi acompanhado pelo número de casos confirmados de Covid-19 entre a população.

Entre as semanas epidemiológicas 16 (19/04) e 20 (17/05), foi registrado forte aumento nas cargas de Sars-CoV-2  no esgoto de Curitiba, o que motivou a emissão das Notas de Alerta nº 6 e 7, publicadas em 5 e 20 de maio respectivamente. Na semana epidemiológica 21 (24/05), a soma das cargas do novo coronavírus no esgoto atingiram valores ainda mais elevados, alcançando
880 bilhões de cópias genômicas por dia por 10 mil habitantes, um aumento de 157% em relação ao valor registrado na semana anterior.

Carga de Sars-CoV-2 e número de novos casos de Covid-19 em Curitiba ao longo do período de monitoramento

Os dados são obtidos pela soma das cargas virais das cinco Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) monitoradas, que juntas atendem toda população de Curitiba e uma fração da população da região metropolitana.

Embora o vírus Sars-CoV-2  possa ser detectado no esgoto, ele não está na forma ativa e infecciosa. Não há evidências sobre a possibilidade de transmissão do coronavírus por meio do esgoto. As partículas virais detectadas são apenas indicadores da infecção de pessoas pela Covid-19, com vistas à vigilância epidemiológica, e não representam risco de infecção por esta via, não sendo necessário cuidados adicionais em relação a água potável. Além disso, o sistema de esgotamento sanitário é separado do sistema de abastecimento de água, não havendo, portanto, possibilidade de contaminação da água potável pelo esgoto.

As pesquisas de epidemiologia baseadas nos esgotos têm sido uma ferramenta importante para o acompanhamento da pandemia de Covid-19. A quantificação viral no esgoto é capaz de antecipar em até duas semanas os casos clínicos divulgados.

Sobre a Rede Monitoramento Covid Esgotos

A Rede Monitoramento Covid Esgotos foi criada com intuito de ampliar a disponibilidade de informações para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 por meio do monitoramento do Sars-CoV-2 nos esgotos das capitais brasileiras Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e do Distrito Federal. A Rede é coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis) e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em Curitiba, especificamente, o projeto é coordenado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conta com o apoio da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).

Para mais informações detalhadas sobre os pontos de monitoramento, incluindo a justificativa para o monitoramento de cada ponto, podem ser obtidas no Boletim de Apresentação da Rede. O histórico de resultados da Rede pode ser consultado nos Boletins de Acompanhamento, disponíveis na página da ANA.

Com informações da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico

Foto de destaque: Geraldo Bubniak/AEN


Leia mais:

https://homologa.ufpr.br/noticias/vigilancia-epidemiologica-baseada-em-esgotos-pode-antecipar-quantidade-de-casos-clinicos-de-covid-19/

https://homologa.ufpr.br/noticias/coronavirus-encontrado-em-esgotos-esta-na-forma-inativa-e-nao-e-infeccioso-comunica-rede-de-monitoramento/

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