A Universidade Federal do Paraná realiza, nesta terça-feira (27) às 19 horas, a abertura oficial do I Colóquio Nacional Direito e Política, com a palestra do professor Newton Bignotto, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O evento promovido pelo grupo de pesquisa em Direito e Política, vinculado ao programa de Pós-graduação em Filosofia, segue até o dia 30 e reúne docentes de diversas universidades do País.
“Eu e a professora Cristina Foroni criamos um grupo de trabalho em torno da articulação entre a Filosofia e o Direito; nossa ideia é inaugurar uma série de atividades contínuas. Queremos, junto com o Direito, ter a continuidade da programação nessa interface”, explica a professora Maria Isabel Limongi, coordenadora do Colóquio.
As apresentações de trabalhos, no período da manhã, marcaram o início da programação do evento. Durante a tarde, por sua vez, a mesa-redonda “Democracia e judicialização da política” contou com a participação dos professores Andrei Koerner, da Unicamp; Joel Thiago Klein, da UFSC; e Katya Kozicki, da UFPR.


O docente Wladimir Barreto Lisboa, que atua nas áreas de Filosofia e Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, afirma que a iniciativa deve ser itinerante. “A Filosofia tem um grande papel a contribuir com o rigor da tradição conceitual da área do Direito, que é uma das que atinge um público maior de estudantes. O evento é muito positivo, já temos unido essas áreas no Rio Grande do Sul e pretendemos que isso se constitua com periodicidade em todo o Brasil”.
“No entendimento das minhas pesquisas a discussão direito e política sempre foi indissociável. Precisamos pensar e debater esses temas atrelados, nos limites da legalidade”, avalia a professora de Direito da UFPR, Katya Kozicki.
Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. De acordo com a organização, o encontro tem o objetivo de abordar as relações entre o poder judiciário e as práticas democráticas – problemática que vem sendo chamada de “judicialização da política e politização da justiça” (ou do poder judiciário).
“Esse evento provoca reflexões que nos fazem retomar algumas agendas que achávamos que estavam dadas e foram desmanteladas, como a da democracia constitucional, das instituições e de direitos básicos”, diz a diretora da Faculdade de Direito da UFPR, professora Vera Karam.