

A resolução que padroniza as bulas de remédios homeopáticos e manipulados que entrou em vigor dia 1º de fevereiro no Paraná, teve o envolvimento de pesquisadores dos Departamentos de Farmácia e de Design da UFPR. Foram criados quatro modelos de bulas, para produtos alopáticos e homeopáticos e um específico a pessoas com visão reduzida. Segundo a professora de Design da Informação com pós-doutorado em bulas de medicamentos Carla Galvão Spinillo, a preocupação foi simplificar a bula e destacar as informações mais importantes para facilitar a compreensão por parte do usuário.
As bulas não podem passar de uma página e devem conter a identificação do paciente e da farmácia responsável, telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor, informações sobre o modo de usar o medicamento, onde e como guardar, o que fazer em casos de esquecimento. Outra determinação é um texto em tamanho legível.
Foram os coordenadores da Farmácia-Escola os primeiros da UFPR a integrar o grupo que determinou o formato das bulas para produtos homeopáticos e manipulados . De acordo com Camila Klocker Costa, a farmácia da UFPR está entre as que terão que se adaptar à nova legislação. A professora do Departamento de Farmácia afirma que o assunto passa a ser tratado de maneira mais enfática a partir de agora em sala de aula, porque essas unidades de manipulação precisam de profissionais preparados para emitir as bulas.
As farmácias que vendem produtos homeopáticos e de manipulação têm até o começo de agosto para começar a emitir as bulas. O Paraná é o primeiro Estado do País a obrigar esses estabelecimentos a fornecer bulas junto com os medicamentos e a medida poderá ser implantada em todo País, já que vem despertando a atenção de autoridades de saúde de outras cidades.
Os modelos de bulas foram desenvolvidos em parceria entre a UFPR, PUCPR, Secretaria de Saúde do Paraná, Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, Sindicato dos Farmacêuticos do Paraná e Conselhos Regionais de Farmácia, Odontologia e Medicina. A professora Carla destaca que para o Design é um avanço, porque os profissionais da área que sempre foram vistos como atuantes na finalização, agora passaram a trabalhar também no início. “É um novo mercado que se abre para o designer na área da saúde.”
A contribuição da UFPR foi realizada pelas professoras Carla Spinillo, Gislene Fujiwara, responsável técnica pela Farmácia-Escola da UFPR, Camila Klocker Costa e pelo mestrando em Design Christopher Hammerschimidt.