Juliano é o doutor mais jovem do Brasil e o primeiro biólogo do mundo a receber uma bolsa de estudos no Centro Riemann de Geometria e Física, na Alemanha. Foto: Arquivo Pessoal.
Juliano Morimoto, biólogo formado pela Universidade Federal do Paraná, é o primeiro do mundo a ser contemplado com a Riemann Fellowship, uma bolsa de estudos no Centro Riemann de Geometria e Física, na Universidade de Leibniz. Morimoto, que é considerado o doutor mais jovem do Brasil, vai ficar na Alemanha durante três meses desenvolvendo novos métodos para análises multidimensionais de dados para a nutrição em geral.
Juliano é entomologista e vai focar os estudos na nutrição dos insetos. Ele será recebido pelo professor Knut Smoczyk, líder do grupo de Geometria Diferencial. “Meu objetivo é usar geometria euclidiana e riemanniana para desenvolver os fundamentos desse novo método. Essa ideia é baseada no meu trabalho recente, em que onde desenvolvo pela primeira vez uma análise nutricional usando geometria e vetores”, explica Morimoto.
O Centro conta com especialistas em áreas diversas da física teórica e da matemática, que trabalham com temas como Teoria das Cordas e Geometria Diferencial. “Essa exposição interdisciplinar, além da interação com os grandes nomes das áreas da matemática pura e física teórica, proporciona o ambiente para novas ideias, que me ajudarão a formalizar minha abordagem e ajudarão também na formalização rigorosa da metodologia que eu vou criar com embasamento teórico apropriado”, planeja.
Pesquisas
Atualmente Juliano é pesquisador na Universidade de Aberdeen, na Escócia, Reino Unido. O grupo de pesquisa que ele comanda é interdisciplinar e se dedica a projetos em diversas áreas, que vão dos mecanismos moleculares de respostas ao estresse e dieta de insetos, passando por impactos de novos métodos sustentáveis para o controle de pestes na agricultura da Índia, até a aplicação de microtomografia para o estudo biológico de insetos e análises ecológicas.
Em algumas áreas de pesquisa, Juliano também conta com a colaboração de cientistas de outras partes do mundo. É o caso do professor Luis Fernando Favaro, da UFPR, em um trabalho sobre comunidades de peixe na costa do Paraná e do professor Marcio Pie, também da UFPR, na biogeografia e hábitos nutricionais dos barbeiros nas Américas. Neste último projeto, a equipe também conta com a parceria do professor Na Argentina o professor argentino Jorge Rabinovich.
“Meu grupo, tenho o prazer de dizer, atrai pessoas interessadas e de mente aberta. Meu objetivo é dar oportunidades para os alunos realizarem os sonhos deles, expondo-os a novas ideias e expandindo suas especialidades”, comemora Juliano.
Prêmio
Em abril, Juliano Morimoto foi um dos três pesquisadores do mundo a receber o prêmio 2021 da Sociedade Real de Entomologia, destinado a pesquisadores em início de carreira. O prêmio é concedido para pesquisadores de qualquer lugar do planeta com publicações renomadas.
Doutor mais jovem
Juliano ingressou na UFPR por meio das cotas sociais do curso de Ciências Biológicas em 2009. Ele concluiu a graduação seis meses antes do previsto. Em seguida, foi aprovado no programa de doutorado em Zoologia de uma das mais renomadas universidades do mundo, a University of Oxford, do Reino Unido. Mais uma vez defendeu a tese antes do previsto, em 2016, aos 25 anos de idade.
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