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Para a Nasa, bolsistas do Rocket Girls falam sobre a importância de estudar a principal lua de Urano

01 junho, 2021
12:01
Por Lais Murakami

Estudar mais sobre luas de outros planetas do Sistema Solar pode levar a descobertas importantes a respeito da humanidade. É o que dizem as estudantes do Ensino Médio Maria Clara Helfenstein e Gabriela Esteves Barbosa em artigo premiado no concurso “Cientista por um dia”, promovido pela National Aeronautics and Space Administration (NASA) com resultado divulgado no final de abril. As duas são bolsistas do projeto Rocket Girls: Meninas nas Ciências da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e, orientadas pela professora Mara Fernanda Parisoto do Setor Palotina, escreveram uma redação defendendo o estudo intenso e urgente sobre a Lua Titânia, satélite do planeta Urano.

Titânia é uma das luas pertencentes ao planeta Urano. Ela se destaca por ser a maior e mais massiva. Descoberta por William Herschel em 1787, seu nome deriva da obra “Sonho de uma noite de verão “, de Shakespeare. Na história, Titânia é a rainha das fadas.

Esta composição colorida de alta resolução de Titânia foi feita a partir de imagens da Voyager 2 tiradas em 24 de janeiro de 1986, quando a espaçonave se aproximava de Urano. Imagem: NASA / JPL

A massa desse satélite (3,527 ± 0,09 × 1021 kg) faz com que ele tenha uma gravidade significativa e relativamente baixa, correspondendo a cerca de 4% da gravidade da Terra. Por esse motivo, é possível enviar estações de pesquisa como rovers e sondas espaciais.

Os pesquisadores atuais acreditam em uma possibilidade de encontrar formas de vida em Titânia, caso sejam realizadas investigações por meio de análises biológicas em seu solo. Isso porque há a possibilidade de que o solo seja formado por dióxido de carbono e compostos orgânicos, além da água do gelo, que são elementos essenciais para a existência de vida.

A necessidade de retornar a esse satélite para pesquisas é reforçada porque as imagens capturadas pela sonda espacial Voyager II, que esteve em Urano na década de 80, não têm uma qualidade muito boa quando comparada à qualidade fornecida pela tecnologia atualmente disponível. Esse é um forte argumento para que possam ser encontrados novos elementos para estudo.

“A lua Titânia pode ser considerada a mais interessante e mais favorável à coleta de dados para obtenção de bons resultados e para gerar estudos viáveis e relevantes para a comunidade científica em geral. Estudando mais sobre os planetas e suas luas, será possível aprender mais sobre o Sistema Solar e suas especificidades e, consequentemente, sobre toda a humanidade”, afirmam Maria Clara e Gabriela Esteves.

As meninas, e seu apelo, concorreram com mais 14 mil brasileiros e venceram na categoria Ensino Médio – Destino: Titânia. A 18ª edição do concurso teve a participação de integrantes diversos países.

Cientista por um dia – 2020-2021 é um concurso de redação criado para dar aos estudantes do mundo inteiro a oportunidade de experimentarem como é a vida de um cientista na NASA. Imagem: NASA

Rocket Girls e Meninas nas Ciências

Rocket Girls faz parte do projeto “Meninas nas Ciências” que começou em 2018, é coordenado pelas professoras Mara Fernanda Parisoto e Paola Cavalheiro Ponciano do Setor Palotina e tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O objetivo do projeto é estimular o envolvimento de jovens meninas no estudo das ciências exatas e da computação, incentivando que estudantes do ensino médio e fundamental, da rede pública de ensino, adentrem o meio acadêmico nessas áreas. São desenvolvidas ações relacionadas às temáticas astronomia, foguetes, robótica, plantas medicinais, investigação forense, entre outras.

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