Geologia da UFPR ensina educação ambiental de centros urbanos em escolas de Curitiba

O que é feio ou é bonito no bairro? O que foi construído pelo homem ou é obra da natureza? O que pode ser uma solução ou um problema na ocupação do meio físico? É visando responder perguntas como essas que o PET – Programa de Educação Tutorial do Curso de Geologia da UFPR vem desenvolvendo um trabalho diferente direcionado às escolas públicas de Curitiba e Região Metropolitana.

O projeto piloto vem sendo feito desde agosto desse ano no Colégio Professor Júlio Mesquita, no Jardim das Américas. Com os bolsistas do PET de Geologia, os alunos da escola – entre 15 e 16 anos – conversam com os moradores mais antigos e fazem pesquisas no bairro tentando levantar uma série de dados. O objetivo final é a construção de uma maquete, onde todos esses resultados serão aplicados, ao mesmo tempo em que serão trabalhados itens como o relevo, a paisagem, os recursos naturais e o meio ambiente.

“O que queríamos fazer era passar todo esse conhecimento com que lidamos na Geologia, não através de palestras, mas de uma forma diferente e mais divertida”, explica o professor do Departamento de Geologia da UFPR Luiz Alberto Fernandes. “Por isso criamos o Programa de Educação Ambiental sobre Centros Urbanos para o Ensino Médio. É um projeto piloto de educação ambiental que poderá ser expandido para outras escolas da rede pública.”

A maquete deverá estar pronta até o final desse mês e até a conclusão do ano letivo todos os problemas encontrados pelos alunos do Júlio Mesquita serão ali colocados, para apresentações na comunidade.

“No ano que vem, o que queremos é trabalhar com um outro módulo que será voltado para a produção de materiais de divulgação de todos os resultados que encontramos nesse tempo de pesquisa no bairro”, esclarece o professor da UFPR. “Com eles também pretendemos divulgar os conceitos de ocupação do meio físico de modo correto.”

O PET da Geologia reúne, além de alunos do próprio curso, estudantes da Geografia e da Engenharia Cartográfica totalizando doze bolsistas e dois voluntários. O projeto na escola do Jardim das Américas despertou o interesse da Petrobrás que já liberou recursos para a compra de alguns equipamentos.