Promover palestras na escola pública, trazer os estudantes para a universidade, oferecer reforço como preparação para o vestibular e analisar as barreiras que impedem determinados jovens de sonharem com um futuro acadêmico – estes são os objetivos do projeto de extensão Passaporte UFPR, que terá uma série de ações ao longo do semestre.
Harold da Silva do Nascimento, um aluno do primeiro ano do curso de Administração, egresso do Colégio Estadual Professora Hildegard Sondahl, foi quem teve a ideia de aproximar a universidade dos estudantes de escola pública. Aos 17 anos, ele passou no primeiro vestibular, cercado por uma rede de apoio e de solidariedade que lhe estimulou a tentar chegar a um curso superior.
Harold lembra que não tinha expectativa de chegar à universidade pública, pois pensava que não era um lugar para ele. “Sempre procurei estar próximo dos meus professores, que foram me ajudando e me estimulando. Minha família tinha dificuldades e eu não achava que tinha capacidade”, conta. Mas após a aprovação no vestibular, ele teve a primeira surpresa. “Descobri que a universidade tem gente de todos os lugares, tem bolsa, tem auxílio. E queria mostrar para outros jovens que a faculdade é um lugar para todos”, comenta.
A iniciativa de mostrar que o acesso a um curso gratuito não é impossível, como muitas vezes parece, foi imediatamente apoiada pelos professores: começava aí o esboço do Passaporte UFPR, que terá a escola onde Harold concluiu o ensino médio como piloto. “Nós, alunos, temos a obrigação de mostrar o que vivemos para que outras pessoas tenham a mesma oportunidade”.
Alunos da escola Professora Hildegard Sondahl irão visitar o campus Jardim Botânico em setembro
O professor Elder Semprebon, coordenador do projeto, explica que quatro eixos direcionam o Passaporte UFPR. Em um deles os alunos da Empresa Junior JR Consultoria vão até a escola oferecer palestras sobre a superação dos obstáculos para a preparação do vestibular e o ingresso na universidade. Depois, 80 estudantes da escola vêm até a UFPR para conhecer o campus do Jardim Botânico e participar de atividades. As ações são complementadas com aulas de reforço para o vestibular e com uma pesquisa sobre as barreiras que impedem os jovens a acessarem o ensino superior.
Semprebon reforça que, ao final dessa primeira etapa de execução, uma avaliação do projeto e dos resultados obtidos pode favorecer sua expansão para outras escolas da cidade.
Voluntariado
Uma das frentes de trabalho do projeto está recrutando voluntários para o “Vida Universitária”, evento que ocorre no dia 11 de setembro, quando 80 estudantes da escola Professora Hildegard Sondahl participarão de ações na universidade. Os interessados podem estar em qualquer curso, da graduação ou pós-graduação, e receberão créditos de atividades complementares.
A proposta do evento é elevar o nível de motivação, conhecimento e preparação dos alunos de escolas públicas para o ingresso no ensino superior. “Queremos que os alunos conheçam a universidade como um todo, para que saibam que é possível, sim, fazer uma faculdade e ter apoio”, conta a acadêmica Bruna Rodrigues Ribeiro, uma das organizadoras.
Os voluntários interessados na proposta podem entrar em contato com a acadêmica pelo telefone (13) 997208874 ou pelo e-mail brunarodriguesribeiro0@gmail.com.
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