Abertura do evento (fotos Marcos Sollivan)
Começou nesta terça-feira (04/04) o 11º Simpósio Nacional Sobre Recuperação de Áreas Degradadas. Entre os temas em destaque estão mudanças climáticas, perspectivas para a biodiversidade e para a recuperação ambiental no Brasil, a interação entre florestas e produção de água, cultivo de Plantas Alimentícias Não-Convencionais em áreas de Reserva Legal, e várias outras. Promovido pela Sociedade Brasileira de Recuperação de Àreas Degradadas (Sobrade), o evento é realizado no Auditório do Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR, campus Jardim Botânico (Rua Prefeito Lothário Meissner, 632), em Curitiba. O simpósio termina na sexta-feira, dia 7 de abril.
Na abertura do evento, o professor Mauricio Balensiefer, presidente da Sobrade e docente do Departamento de Ciências Florestais da UFPR destacou ações de recuperação ambiental que são visíveis em Curitiba. Por exemplo, três importantes pontos turísticos da cidade, o Parque Tanguá, que foi um depósito de lixo, a Pedreira Paulo Leminki e a Ópera de Arame, que eram área de mineração. “A recuperação de áreas urbanas não apenas é possível como gera grandes benefícios para a comunidade”, observou.
Participaram da abertura a vice-reitora da UFPR, Graciela Inês Bolzon de Muniz, o secretário municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Sérgio Galante Tocchio, o engenheiro florestal Nilto Melquiades da Silva, do Ibama; o assessor do Banco Regional de Desenvolvimento do Estremo Sul, Jorge Augusto Afonso, e o secretário do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná, Marcos Roberto Marcon.
Mudanças climáticas
A primeira mesa redonda do evento foi sobre “Mudanças climáticas: Passado, presente e futuro. Perspectivas para a Biodiversidade e para a Recuperação Ambiental no Brasil”. Falando sobre o tema, o biólogo Fabio Olmos, da empresa de consultoria ambiental Permian Global, traçou um amplo painel sobre o clima no planeta e os fatores que o influenciam. Ele lembrou que todos os processos de extinção incluem mudanças drásticas dos ecossistemas. Foi assim com os grandes animais, como mamutes e está sendo assim também nos dias atuais. “Estamos ocupando o planeta sem deixar espaço para os outros. Hoje os humanos e seus animais, como vacas e cachorros, ocupam 97% do planeta, deixando 3% do espaço para outros animais”, disse, apresentando dados de pesquisas.
“Estamos entrando num campo desconhecido em relação ao clima do planeta. Nunca atingimos essa quantidade de CO² na atmosfera. Caminhamos para um aumento de 4ºC na temperatura em 2.100”, alertou. Segundo o consultor, o processo não é irreversível, felizmente. É possível remover o dióxido de carbono (CO²) do meio ambiente com a regeneração florestal. Entre os caminhos encontrados está o mercado de carbono, em que empresas que se dedicam à restauração de ecossistemas podem comercializar créditos de carbono, que são considerados commodities (mercadorias negociadas com preços estabelecidos pelo mercado internacional). Empresas que conseguem diminuir a emissão de gases de efeito estufa obtêm esses créditos, podendo vendê-los nos mercados financeiros.
Neste dia 5, serão abordados temas também relevantes, como Interações entre fauna e flora como instrumentos para restauração, com Sandra Mickish, da Embrapa Florestas, Tecnologias de restauração passiva, com Admir Reis, da Ras Ambiental e Fernando Bechara, da UTFPR. O Simpósio continua até sexta-feira, dia 7. Mais informações estão disponíveis em http://www.sobrade.com.br/.
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