O trabalho de revisão de artigos de Rita Melo Franco-Santos impressionou cientistas da sua área. Foto: Arquivo pessoal
Uma reportagem publicada na seção de Carreiras do periódico Nature destacou o trabalho de uma ex-aluna do curso de graduação em Oceanografia e do mestrado em Sistemas Costeiros e Oceânicos (PGSISCO) do Centro de Estudos do Mar da UFPR. O destaque foi para a qualidade do trabalho de revisão para periódicos científicos de Rita Franco-Santos, que se tornou revisora de artigos cedo em sua carreira.
Atualmente, a pesquisadora faz doutorado no programa Saúde e Conservação de Ecossistemas Marinhos pela Universidade de Bremen e Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Polar e Marinha, em Bremerhaven, Alemanha.
Durante seu mestrado, Franco-Santos foi orientada por Érica A. G. Vidal, professora do PGSISCO, Centro de Estudos do Mar. A orientadora indicou a aluna para fazer a revisão de um artigo científico, o editor do periódico internacional aceitou a indicação e enviou o artigo para revisão, apesar da pesquisadora ainda não ter concluído o doutorado.
Desde então, Franco-Santos vem atuando como revisora de diversos periódicos internacionais.
A reportagem da Nature fala sobre como jovens pesquisadores se beneficiam ao revisar o trabalho de outros cientistas, e traz dicas para fazer uma boa revisão. O processo de revisão por pares, ou “peer review”, é o procedimento adotado por periódicos científicos para que os artigos sejam avaliados por especialistas independentes antes de serem publicados.
Além da entrevista com a oceanógrafa, a matéria traz o depoimento do editor-chefe do Journal of Morphology, que diz que a revisão de Rita Santos é “excepcionalmente criteriosa e bem escrita”.
Confira trechos traduzidos da reportagem da Nature:
Mesmo antes de defender sua tese de doutorado, Rita Santos começou a receber pedidos por sua opinião de especialista. O seu trabalho sobre o desenvolvimento do bico em paralarvas de cefalópodes – somado ao seu conhecimento, cuidado e avaliações afiadas – impressionou cientistas da área, e no início da sua carreira, foi convidada para atuar como revisora externa (peer reviewer).
Mathias Starck, zoólogo na Ludwig-Maximilians-Universität München (LMU), na Alemanha, e editor-chefe do Journal of Morphology, mandou um convite para Franco-Santos depois de receber uma recomendação de sua orientadora, Érica Vidal. “No começo eu estava hesitante”, ele diz, “mas seus comentários foram excepcionalmente criteriosos e bem escritos”.
A revisão por pares é a espinha dorsal da ciência moderna, e espera-se que pesquisadores participem desse esforço. Apesar de demandar muito tempo, mergulhar no artigo de alguém pode beneficiar o trabalho do próprio pesquisador. O processo permite que os revisores leiam a pesquisa antes de ser publicada e que conheçam a maneira como outros cientistas escrevem artigos e apresentam dados.
“Eu aprendi muito sobre ciência e o processo de publicação”, diz Franco-Santos, que estuda ecossistemas marinhos no Alfred Wegener Polar Institute for Polar and Marine Research, em Bremerhaven, Alemanha. “Você aprende a ser crítico sem ser indelicado ou desencorajador com os outros”.
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