Imagem: Arquivo pessoal
O trabalho de conclusão de curso de graduação de Ana Paula Mikos, atualmente aluna do Mestrado em Engenharia de Construção Civil da UFPR, intitulado “Uso de geomembranas em barragens de terra – estudo de percolação em modelos reduzidos e numérico”, foi o vencedor do Prêmio Fernando Emmanuel Barata, da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS). Sob orientação do professor Sidnei Helder Cardoso Teixeira, da área de Geotecnia da UFPR, o trabalho foi realizado em conjunto com a dissertação do mestrando Rodrigo Pierozan.
Para Mikos, o grande diferencial de seu trabalho foi a complexidade. “É um trabalho menos teórico, como costuma ser um TCC. Nós construímos um modelo reduzido de barragem de terra em um tanque instrumentado aqui nos laboratórios da UFPR, que foi utilizado para simular a aplicação de geomembrana, um material sintético praticamente impermeável, como tratamento de fundação em barragens de terra”, explica.
“Foram realizadas medições de pressão de água em alguns pontos da barragem e da fundação, e também da vazão de percolação pelo modelo com o material e após retirá-lo. Também foi feito um modelo numérico com as mesmas dimensões do modelo reduzido, e em um processo de análise chamado modelagem híbrida foi possível verificar resultados muito semelhantes para os dois modelos”, completa.
Segundo a mestranda, o resultado da pesquisa também foi fundamental para vencer o prêmio, pois foi possível perceber que a utilização da geomembrana reduz as pressões exercidas pela água sob a barragem e as vazões, sendo um método eficaz de tratamento para fundações permeáveis.
Incentivo para a área
O Prêmio Fernando Emmanuel Barata é de iniciação à Geotecnia e tem como objetivo reconhecer o autor do melhor trabalho de conclusão de curso em Engenharia Civil, entre os anos de 2014 e 2015, aprovado em instituição de pesquisa brasileira.
Ana Paula Mikos participou da cerimônia de premiação, com outros alunos da UFPR, durante o Simpósio de Engenheiros Geotécnicos Jovens (GeoJovem), no dia 20 de outubro, em Belo Horizonte. O simpósio fomenta a participação de engenheiros geotécnicos empenhados em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias alinhadas com a sustentabilidade.
Ela vê a premiação como mais um incentivo para seguir sua carreira acadêmica e destaca a importância de mostrar para estudantes e profissionais de todo o Brasil o trabalho desenvolvido na Universidade.
“Esse ano foi criado na UFPR o Grupo de Estudos em Geotecnia (Gegeo), que tem o objetivo de promover atividades relacionadas à Geotecnia e aproximar mais os alunos dessa área”, conta. “Acredito que o meu prêmio incentiva muitos alunos que já participam do grupo de Geotecnia e também os demais, que mesmo tendo preferência por outras áreas poderão desenvolver bons trabalhos, pois já conseguem ver que o esforço será reconhecido e recompensado”.
Por Karin Silva (sob orientação de Jéssica Maes).
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