
Plantação de cana de açúcar, um dos cultivares abordados no seminário
A proteção para plantas desenvolvidas em pesquisas na universidade foi o tema de um seminário na última quarta-feira, dia 1, no Setor de Ciências Agrárias da UFPR. Atualmente, a instituição tem três cultivares de cana de açúcar protegidas. Uma delas já é a segunda mais plantada no estado de São Paulo. O professor João Carlos Bespalhok, coordenador do curso de Agronomia, explica que a proteção é similar ao patenteamento e eventualmente pode render royalties para a universidade, que é detentora do registro. Os cultivares apresentam diferenciações, como resistência a doenças, diferentes teores de açúcar e alterações na época da colheita, que os tornam mais adequados para cada situação proposta. “Hoje são mais de 100 variedades protegidas no Brasil, só em cana de açúcar”, observa ele. A proteção oferece uma vantagem competitiva aos detentores, bem como os previne dos danos causados pela biopirataria.
O evento foi promovido pela Agência de Inovação da UFPR, que com isso pretende disseminar a cultura de propriedade intelectual na universidade. “Queremos que a UFPR possa ter benefícios com suas pesquisas e ao mesmo tempo transferir esses benefícios para a sociedade”, resume Alexandre Moraes, coordenador de Propriedade Intelectual da agência. Também participaram da organização do seminário a empresa Clarke Modet & Co. Brasil, o Serviço Nacional de Proteção a Cultivares – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SNPC -MAPA) e a Ridesa (Rede interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético).
No período da tarde, o seminário contou com a palestra de Yolanda Echeverria, diretora do Departamento de Patentes e gerente da Unidade de Biociências da Clarke, Modet & Co.- Espanha. Yolanda é especialista na proteção de cultivares e registro de variedades comerciais na Europa. Ela apresentou as diferenças de legislação internacional e como os cultivares protegidos no Brasil podem ser protegidos também nos países europeus.