O Professor Marco Antonio Moreira (UFRGS) deu início ao seminário no Anfiteatro 1.100 - Foto: Rodrigo Juste Duarte
As dificuldades enfrentadas pelos mestrados profissionais locais, como a falta de recursos financeiros para pagamentos de bolsistas e o preconceito deste tipo de mestrado quando comparado ao acadêmico ou ao nacional, foram apresentadas durante seminário promovido pelo Setor de Ciências Humanas, na última segunda-feira. O encontro, que teve como objetivo reunir contribuições para elaboração de um projeto de mestrado profissional intersetorial, destinado a professores da educação básica da área de ciências humanas, reuniu docentes de diversos setores da UFPR (Humanas, Educação, Ciências Exatas e da Terra) e da rede pública de ensino do Paraná.
Apesar dos entraves verificados na implantação dos mestrados profissionais, a diretora do Setor de Humanas, professora Maria Tarcisa Silva Bega, destacou como oportuno o momento para discussão e elaboração de um projeto, “que recoloque a formação de professores no centro das prioridades do setor e da UFPR”. Isto porque, explica, as políticas públicas para a pós-graduação “atravessam um período de mudanças e talvez a mais significativa delas e, por isso, talvez também a mais polêmica, foi consolidada com a criação na Capes de uma diretoria voltada à educação básica, a DEB”. Através dessa diretoria, informa a dirigente, a Capes incumbiu-se do financiamento e fomento de políticas de formação dos profissionais dessa área.
Ao defender o mestrado profissional intersetorial, o professor de Filosofia da UFPR, Eduardo Barra, frisou que “a relevância desta pós-graduação não se deve apenas a atender às urgentes demandas sociais e educacionais, às quais a universidade não pode virar as costas. Também não se justifica a mobilização de motivos demagógicos em prejuizo da real e suprema função social da universidade, qual seja, a produção e a disseminação de conhecimento”. Ao contrário disso, ressalta o professor, há um real interesse acadêmico na estruturação de um programa de pós-graduação que encare as ditas ciências humanas como algo mais que um somatório de disciplinas escolares e universitárias justapostas.
Um programa de mestrado na área de ciências humanas, destaca Barra, que juntamente com o professor Alexandro Trindade também é membro do Pibid (programa mantido pela DEB/Capes), poderá ter como problema estruturante justamente a análise exaustiva da interdisciplinaridade no segmento das ciências. Para os professores, “essa análise, cujo valor intrínseco é inquestionável, deve ser valorizada também por seus desdobramentos, em particular, sua repercussão em práticas pedagógicas efetivas nas escolas de educação básica, fruto da convergência de esforços de pesquisadores universitários e professores em atividade na sala de aula”.
Durante as discussões, realizadas no Auditório 1.100 do Edifício D. Pedro I, o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFPR, Edilson Silveira, ressaltou a importância da iniciativa e apoiou a implantação desta pós-graduação intersetorial. Também participaram do debate, como convidados, os professores Marco Antonio Moreira, do Instituto de Física da UFRGS e coordenador acadêmico do Prof-Física (UAB/SBF), Marília Andrade Torales, coordenadora do Mestrado Profissional em Educação ─ Teoria e Prática de Ensino (UFPR), e Fabiana Gonçalves e Silva, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Formação Educacional, Científica e Tecnológica (UTFPR).
Celsina Favorito
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