

Em uma iniciativa inédita, a Universidade Federal do Paraná e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária assinaram Termo de Cooperação Técnica na área de melhoria da cana -de-açúcar nesta quarta-feira (03). O acordo prevê o desenvolvimento de tecnologias e pesquisas para o seu melhoramento no cultivo.
A UFPR é uma das dez universidades integrantes da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa) e é a primeira a formalizar um acordo com uma unidade de pesquisa da Embrapa. A parceria visa desenvolver projetos de pesquisa no Rio Grande do Sul, com a unidade Embrapa Clima Temperado, de Pelotas. Desde 2006, o grupo de professores do setor de Ciências Agrárias da UFPR, integrante da Ridesa, desenvolve pesquisas de melhoramento genético da cana-de-açúcar.
Nesses anos de trabalho, os pesquisadores do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar da UFPR, liderados pelo professor Edelclainton Daros, testaram mais de 220 variedades de plantas e aprovaram nove, que apresentam estabilidade, alta produção e menos suscetibilidade a doenças. O professor Daros explica que, com as pesquisas, os pequenos produtores do Rio Grande do Sul podem trocar as antigas variedades por outras mais produtivas.
Para o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, projetos como os da Ridesa estão alinhados com a realidade e são transformadores da sociedade. “A Embrapa faz parte desse desenvolvimento e a aliança entre as instituições vai ajudar ainda mais no desenvolvimento dos projetos, na busca de financiamentos, no desenvolvimento de pesquisas que vão reverter em benefícios para a população”, disse o reitor.
O diretor executivo da Embrapa Ladislau Martin Neto ressaltou os bons resultados das pesquisas da UFPR, que apresentam outras possibilidades para a cana-de-açúcar além do etanol. “A Embrapa acredita e aposta no potencial produtivo do Brasil. E os resultados concretos apresentados pela instituição estabelecem patamares que alavancam outras atividades futuras. Educação, ciência e tecnologia são o futuro e a UFPR traduz isso em mercado, impactando na sociedade”, completou Martin Neto.
Mais imagens no flickr da UPFR.