Duas novas áreas do Setor Palotina devem entrar em funcionamento ainda este ano: o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Aquicultura Sustentável (NPDA) e a Fazenda Experimental.
O reitor Ricardo Marcelo Fonseca, o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças, Fernando Mezzadri, e membros do Conselho Universitário da UFPR visitaram as futuras unidades durante a semana de comemorações dos 25 anos do Setor.
“Podemos acompanhar esse momento de nascimento da Fazenda e do Núcleo, cujas obras estão prosseguindo. O fato de a Reitoria estar aqui agiliza os processos. Há um potencial imenso nas duas unidades para o Setor Palotina e para a UFPR como um todo”, afirmou o reitor.
A área da Fazenda Experimental foi doada pelo município de Palotina. Dos 10 alqueires, dois são área de reserva com mata ciliar e os outros oito para utilização em experimentos e atividades de ensino, pesquisa e extensão.
O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Aquicultura Sustentável localiza-se no município de Maripá, a cerca de 15 quilômetros de Palotina.
Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Aquicultura Sustentável
Desenvolver atividades de aquicultura, com a produção de camarões, piscicultura, ranicultura e avaliação de impactos gerados. Esse é o objetivo do futuro Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Aquicultura Sustentável (NPDA) da UFPR.
O NPDA, em Maripá, é uma expansão do Setor Palotina, voltado para atender principalmente a graduação e a pós-graduação em Aquicultura e Desenvolvimento Sustentável.


Foto: Camila Angst / Assessoria de Imprensa Maripá-PR
“Já desenvolvemos um projeto com camarões de água doce. A ideia aqui é produzir em policultivo com a tilápia, o que melhora a produtividade, sustentabilidade, além de diminuir os impactos ambientais e gerar um produto de alto valor”, explicou o diretor do Núcleo e responsável pela implantação, professor Eduardo Ballester.
A previsão é iniciar as atividades no final do primeiro semestre, após a conclusão da obra do Laboratório de carcinicultura – destinado à criação de camarões.
O vice-prefeito de Maripá, Elizeu Spagnol, também participou da visita às instalações do núcleo. “A universidade foi um sonho de muitos anos, vínhamos batalhando para ter ensino superior em nosso município. Maripá é essencialmente agrícola, voltado para a piscicultura. Essa extensão é um orgulho para nós”, disse.
“Com a área e estruturas disponíveis, nossa capacidade de desenvolvimento de pesquisa vai aumentar enormemente”, avaliou Ballester.
Fazenda Experimental
Localizada ao lado do Colégio Agrícola, onde aconteceram as primeiras aulas do Setor Palotina, a área da Fazenda Experimental deve entrar em funcionamento ainda este ano.
De acordo com o professor do curso de Agronomia, Laércio Augusto Pivetta, haverá testes de novas tecnologias na parte de agricultura, atendendo demandas dos estudantes, professores e da comunidade. “Serão realizadas pesquisas na área de produção vegetal, de grandes e pequenas culturas, hortifruti, olericultura e frutíferas também”.


Foto: Aline Fernandes França
A instalação dos experimentos de grandes culturas está prevista para o mês de setembro, momento de abertura do plantio nas áreas de soja e milho. Porém, a partir do manejo da cultura instalada, as atividades já serão iniciadas.
“Estamos buscando recursos para montar a infraestrutura necessária, implementos e máquinas”, afirma Pivetta.
Outros cursos como Medicina Veterinária e Zootecnia também vão ter disponíveis áreas de avicultura e nutrição de aves. “O nosso planejamento é um aviário experimental para pesquisa, junto às empresas da área de nutrição e produção avícula do município de Palotina, que é inserido em uma região de alta produtividade. O aviário também vai atender a demanda da pós-graduação e pesquisas na área”, contou a professora do curso de Zootecnia, Jovanir Fernandes.
O projeto também prevê tambo leiteiro, parte de estudo em forragens, pesquisa em ruminantes e não ruminantes, e área de ranicultura.
“Dependemos de uma estrutura básica, mas já temos parte dos recursos com empresas parceiras que fazem pesquisa conosco, gostaríamos de implantar a curto prazo. Assim que conseguirmos a infraestrutura, a construção está prevista imediatamente”.
Os professores acreditam que as pesquisas vão beneficiar o município, a comunidade, as empresas do setor, a cooperativa da região e estudantes da UFPR. “Sou docente há 20 anos em Palotina, desde que cheguei isso é um sonho que estamos buscando e agora se concretiza”, concluiu a professora Jovanir.