A Universidade Federal do Paraná (UFPR), apontada pelo Ranking Universitário Folha como a melhor universidade do Paraná e a 7ª do País, ocupa o 2º lugar na categoria Inovação. Atualmente a instituição tem depositados 495 pedidos de patente dos quais detém a carta patente – direito de exploração da invenção e do modelo de utilidade – de 23.
Além disso, a universidade tem registrados 46 programas de computador, 22 pedidos de registro de desenho industrial e 21 pedidos de registro de marca. Até o momento, foram assinados 25 contratos de transferência de tecnologia pela instituição. A tecnologia mais comercializada é o cultivo da variedade RB966928 de cana-de-açúcar com melhoramento genético. A variedade foi desenvolvida pelo Setor de Ciências Agrárias, por meio do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar, e arrecadou entre 2013 e 2018 R$ 388.468,83.
Com relação ao número de depósitos em tecnologias ambientais, a UFPR é a segunda colocada de acordo com uma pesquisa de mestrado desenvolvida por meio de um convênio entre o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo é baseado na análise de documentos de patentes relacionados a tecnologias verdes, depositados por 21 universidades públicas brasileiras.
O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, salienta que a inovação é um eixo estratégico, principalmente quando em consonância com uma política de incentivo à internacionalização. “Isso é o combustível para a evolução dos conceitos de muitos dos cursos de pós-gradução. Visivelmente investimento em ciência é sinônimo de soberania nacional”.
Detecção de agentes infecciosos


A UFPR tem a patente de um material que permite detectar a presença de agentes infecciosos. A invenção é resultado de uma colaboração entre a UFPR, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Fundação Oswaldo Cruz, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná e Instituto Carlos Chagas.
O objetivo da pesquisa foi o desenvolvimento de novas tecnologias para diagnóstico de doenças causadas por microorganismos que fossem relevantes para a saúde pública. O material desenvolvido é composto por material polimérico inerte que após modificação de sua superfície permite detectar a presença de diferentes agentes infecciosos.
As estruturas produzidas pelo processo desenvolvido no Brasil apresentam grandes vantagens em relação aos produtos existentes no mercado atualmente. O material facilita os diagnósticos e a obtenção de resultados mais rápidos nos exames, além do baixo custo da matéria prima e elevada produtividade da técnica.
Produtos aeronáuticos
O Grupo de Pesquisa Aplicada em Desenvolvimento de Produtos para o Interior de Aeronaves (FITT Group) desenvolveu três produtos que foram patenteados pela Agência de Inovação da UFPR: o Toalete acessível, o Assento para classe econômica e a Área executiva exclusiva.
Ridesa


A UFPR é uma das 10 instituições brasileiras de ensino superior que compõem a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Sucroenergético (Ridesa), grupo de pesquisadores que tem contribuído para o melhoramento genético da cana-de-açúcar.
A Rede surgiu em 1990, logo após o encerramento de programas de pesquisa subsidiados pelo governo federal, para dar continuidade aos trabalhos que buscavam melhorar a produção de açúcar e etanol do Brasil. A UFPR ingressou no grupo pouco mais tarde, em 1992. Hoje, 10 universidades federais integram o grupo, que é responsável por 68% das espécies plantadas no País e 84% no Paraná.
“Quando tomamos um café e abastecemos um veículo com etanol, devemos lembrar que a cana que deu origem a esses produtos é tecnologia das universidades”, afirma Edelclaiton Daros, que foi coordenador geral da Ridesa por 18 anos.
REDIN
Recentemente, em abril de 2018, a UFPR firmou parceria com outras universidades públicas e privadas e institutos de ensino e de pesquisa para a criação da Rede de Disseminação de Inovação e Propriedade Intelectual (REDIN), destinada ao desenvolvimento da ciência, da inovação, da tecnologia e da cultura.
O coordenador de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia da Agência de Inovação UFPR, Alexandre Moraes, explica que a parceria é estratégica para suprir a necessidade de interação entre os núcleos de inovação tecnológica para o desenvolvimento de ações voltadas à disseminação da cultura da propriedade intelectual, da inovação e do empreendedorismo.