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Rotaract Club da UFPR realiza coleta de resíduos eletroeletrônicos

Com a tecnologia em ascensão e a inovação eletrônica cada vez mais veloz, é comum que os equipamentos eletrônicos tornem-se obsoletos com mais frequência, o que acaba gerando grande quantidade de lixo que deve ser corretamente descartado.  Como muitas pessoas têm dúvidas sobre qual destinação dar a esse material, o Rotaract Club de Curitiba UFPR está realizando a coleta, até o final de março, desses resíduos eletroeletrônicos.

O principal local de arrecadação é a sala de reuniões do clube, localizada no Centro Politécnico. Lá, os equipamentos podem ser entregues no horário de reunião do grupo que acontece quinzenalmente, aos sábados, às 11 horas. No entanto, é possível entrar em contato com um dos associados para combinar outro lugar para a entrega do material. Essa é a segunda vez que o clube realiza esse tipo de ação, a primeira ocorreu no início de 2017 e arrecadou um número elevado de materiais. “Entre os itens mais angariados estão baterias, celulares e cabos. Recebemos uma quantidade grande de placas eletrônicas, também”, conta Camila Moraes, presidente do Rotaract.

A norma ABNT NBR 16156 especifica que “Equipamentos eletroeletrônicos são equipamentos, partes e peças cujo funcionamento adequado depende de correntes elétricas ou campos eletromagnéticos, bem como os equipamentos para a geração, transmissão, transformação e medição dessas correntes e campos, podendo ser de uso doméstico, industrial, comercial e de serviços.” A mesma norma aponta que Resíduos Eletroeletrônicos (REE) “são equipamentos eletroeletrônicos, partes e peças que chegaram ao final de sua vida útil ou seu uso foi descontinuado.”

Assim, o professor do curso de Engenharia Elétrica da UFPR, Ewaldo Luiz de Mattos Mehl, explica que resíduo eletroeletrônico é uma expressão mais abrangente, pois inclui não só equipamentos eletrônicos, mas também outros tipos de equipamentos que possuem substâncias danosas ao meio ambiente e à saúde humana. “Um bom exemplo é a lâmpada fluorescente tubular, destas comumente utilizadas para a iluminação das salas de aula da universidade. Este tipo de lâmpada possui em seu interior certa quantidade de mercúrio gasoso, que é extremamente perigoso para a saúde humana. Essas lâmpadas não devem em hipótese alguma ser quebradas e, quando não funcionarem mais, devem ser manuseadas com cuidado e encaminhadas ao descarte adequado”, relata.

De acordo com os integrantes do Rotaract, são coletados resíduos eletroeletrônicos como computadores, televisores, aparelhos de som, cabos, mouses, baterias, aparelhos de GPS, HDs, entre outros.  A lista de equipamentos classificados como Resíduo Eletroeletrônico (REE) pela norma ABNT é extensa. Basicamente qualquer equipamento que utiliza a eletricidade de alguma forma é classificado como equipamento eletroeletrônico. Portanto, ao fim da sua vida útil ou caso esteja danificado e sem possibilidade de conserto, passa a ser considerado como REE.

Mehl salienta que os resíduos eletroeletrônicos não devem em hipótese alguma ser descartados como lixo comum. “Os equipamentos obsoletos ou sem condições de reparo devem ser recolhidos separadamente e encaminhados a empresas especializadas que fazem a separação dos materiais úteis e dão destino apropriado ao que não tem serventia”. Ele lembra que, em Curitiba, os caminhões do serviço municipal de coleta seletiva – conhecidos como “Lixo que não é Lixo” – fazem o recolhimento de REE desde que em pequeno volume e gerado no ambiente doméstico. “Telefones celulares descartados devem ser entregues na loja onde foram comprados, juntamente com suas baterias. Para quantidades maiores de REE, existem empresas especializadas em seu recolhimento e manuseio adequado”, comenta.

Riscos e impacto ambiental

O manuseio de equipamentos quebrados ou desmontados só deve ser feito por pessoas habilitadas. “Partes plásticas quebradas ou vidros partidos podem causar cortes e ferimentos graves, portanto devem-se utilizar luvas grossas no manejo. Placas de circuito impresso geralmente possuem soldas com chumbo e também devem ser manuseadas com luvas. Baterias danificadas podem derramar ácidos bastante corrosivos, soltar gases tóxicos e, em alguns casos, até pegar fogo”, alerta o professor.  Ele recomenda colocar o objeto quebrado em uma caixa de papelão grosso e deixar que, a partir daí, seja manuseado por pessoas com treinamento e equipamento de proteção individual adequados.

Os equipamentos eletroeletrônicos antigos ou danificados devem ser descartados de forma responsável para não prejudicar a segurança das pessoas nem a conservação do meio ambiente. “Caso o equipamento eletroeletrônico descartado seja processado por empresas especializadas, muitos materiais acabarão sendo reciclados. Isso fará com que uma parte daquele equipamento aparentemente inútil retorne ao ciclo produtivo, minimizando a extração de recursos naturais muitas vezes não renováveis”, lembra Mehl.

Carolina Fagundes, vice-presidente do Rotaract, diz que, em primeiro lugar, a ação tem o objetivo de oferecer o descarte correto para esses itens que, em contato com o meio ambiente, são potencialmente poluidores. “Mas também gostaríamos de propor reflexões sobre o consumo e sobre a velocidade com que alguns objetos se tornam obsoletos”, revela.

Sobre o Rotaract Club de Curitiba UFPR

O Rotaract é um clube parceiro ao Rotary Club, organização internacional sem fins lucrativos, com princípios baseados em companheirismo, ética, serviços comunitários e desenvolvimento profissional. O grupo permite aos integrantes exercitar as habilidades profissionais e de liderança, enquanto são realizados projetos e ações sociais.

O Rotaract trabalha com ações e projetos em seis áreas de enfoque: Paz e prevenção/resolução de conflitos; Prevenção e tratamento de doenças; Recursos hídricos e saneamento; Saúde materno-infantil; Educação básica e alfabetização; e Desenvolvimento econômico e comunitário.

Fundado por estudantes da UFPR em 2014, o clube tem o Centro Politécnico como base, especialmente para as reuniões. “Embora não seja exclusivamente universitário, o clube vê no campus uma potencialidade de jovens que querem transformar o mundo”, diz a assessora de imagem pública, Ana Paula Preidum.

Podem se associar pessoas entre 18 a 30 anos de idade que tenham interesse em planejar e realizar projetos e ações voluntárias. Além disso, qualquer pessoa que queira conhecer o clube pode visitar as reuniões.

Evento Coleta de Sucata Eletrônica 2

Data: Até o final de março de 2018

Local de arrecadação: Sala de associação de clubes (próxima ao Restaurante Universitário) no Centro Politécnico

Contato: Página do Rotaract no Facebook ou por telefone: Ana (99500 -2720) e Camila (99944-5987).

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