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Publicação inédita produzida por ex-alunos da UFPR vai reunir as boas práticas da Educação Especial

06 outubro, 2014
01:45
Por
Extensão e Cultura

Com a proposta de ampliar o impacto social das Escolas Especiais do estado, o Guia de Boas Práticas, elaborado pela ASID Brasil, irá permitir o intercâmbio de informações e o desenvolvimento das instituições

Boas práticas de educação especial - foto: Renato Stockler

Boas práticas de educação especial - foto: Renato Stockler

A ONG curitibana ASID (Ação Social para Igualdade das Diferenças), nascida de um projeto na UFPR (Universidade Federal do Paraná), está finalizando a 1ª edição do Guia de Boas Práticas da Educação Especial, publicação inédita no Paraná que irá reunir as experiências bem sucedidas das Escolas Especiais Filantrópicas de Curitiba e região. A proposta da ação é ampliar o impacto social das instituições atendidas pela ASID, por meio do intercâmbio de informações. O material será disponibilizado gratuitamente às mais de 450 Escolas Especiais do Paraná.

O Guia de Boas Práticas irá abordar oito áreas: gestão financeira, captação de recursos, gestão jurídica, marketing, recursos humanos, impacto social, liderança e infraestrutura. “A ideia do guia surgiu ao vermos que as qualidades das diferentes instituições que trabalhamos se completam, ou seja, vimos que a dificuldade de uma seria o ponto forte da outra e na composição destas diferenças chegaríamos a um modelo muito melhor”, explica o diretor de projetos e fundador da ASID, Alexandre Amorim.

A estimativa da ONG Curitibana é reunir cerca de 40 práticas de 19 Escolas Especiais Filantrópicas. “As próprias instituições mandam as práticas que consideram bem sucedidas e nós apontamos aquelas que em nossa visão são um diferencial dentro do contexto do segmento”, esclarece Amorim.

Entre os exemplos de boas práticas está a profissionalização da gestão da Afece (Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial), que elaborou um planejamento estratégico com foco em sua reestruturação. A instituição estruturou uma gestão orgânica em quatro níveis de atuação: buscar uma identidade da Afece com a sociedade, potencializar as relações pessoais com os colaboradores, implantar sistemas e controles de processos e buscar recursos para adequar infraestrutura, financeiro e pessoal.

A Afece também procurou se expandir de maneira sustentável e para isso focou suas práticas de marketing na consolidação da marca. Foram elaboradas campanhas institucionais com o objetivo de divulgação, o site foi modernizado e a comunicação e interatividade com o público alvo fortalecidas.

Com Luiz Hamilton Ribas, que era aluno de Economia, e outros colegas, Amorim passou o ano de 2009 estudando a área da educação especial e conhecendo a realidade da pessoa com deficiência. Em 2010, com a participação de Diego Tutumi, também aluno de Economia, foi fundada a ong ASID, que trabalha para melhorar a qualidade de ensino e a gestão nas escolas filantrópicas de educação especial, resultando na abertura de vagas no sistema.

O trabalho é totalmente gratuito para as escolas. Depois da aplicação do Índice de Desenvolvimento da Educação Especial (IDEE), metodologia desenvolvida pela ONG que permite traçar o diagnóstico de cada escola de educação especial, a ASID traça o plano de ação, que envolve desde a capacitação dos gestores até a execução de obras nas escolas.

Os principais projetos são:
Mão na Massa: obras realizadas nas escolas a partir de voluntariado. Participam trabalhadores e empresários das empresas parcerias, estudantes e familiares, além da comunidade do entrono das escolas, em um verdadeiro trabalho social transformador.
Capacita: cursos ministrados por profissionais das empresas parceiras que são especialistas em áreas estratégicas para as escolas, como finanças, administração e marketing, por exemplo. Os gestores das escolas são capacitados para que possam melhorar a gestão das instituições.

Líder Especial: projeto inédito em que as escolas de educação especial se transformam em verdadeiros laboratórios para os profissionais das empresas parceiras possam desenvolver suas competências de liderança, ao mesmo tempo em que contribuem com as instituições de ensino ao aplicarem seu trabalho.

Assessoria Administrativa: a ASID tem atuação direta nas áreas da gestão escolar que necessitem de melhorias, entre elas jurídico, financeiro, recursos humanos, marketing, liderança e captação de recursos.

Cada projeto conta com um ou mais investidores sociais, grandes empresas que entram com recursos e voluntários para a realização das ações. O dinheiro vem também de campanhas como a Especial, da qual participam atualmente 38 dos melhores estabelecimentos gastronômicos de Curitiba. Parte da venda de determinados itens dos cardápios é revertida para as ações nas escolas de educação especial. No caso de buffet por quilo, os restaurantes participam com valores mensais.

Para saber mais sobre a ASID, acesse www.asidbrasil.org.br ou na página da ASID no Facebook: www.facebook.com/asidbr. Acesse a vídeo institucional: www.youtube.com/watch?v=tUt3WeOq_Io.

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