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Professores da UFPR vencem prêmio Capes de inovação em ensino a distância com criação de jogo que simula gestão pública municipal

Na tela do computador aparece uma mensagem sinalizando a instalação de um pedágio no município. Em outro momento, a informação que chega é sobre a ocorrência de uma enchente. Do outro lado da tela, o estudante tem o desafio de tomar decisões estratégicas enquanto prefeito da cidade. É nesse contexto que se desenrola o primeiro simulador de gestão pública do Brasil, jogo online desenvolvido por professores do Departamento de Administração Geral e Aplicada da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A ideia foi vencedora do I Workshop de Inovação da Diretoria de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O evento ocorreu nesta segunda (10) e terça-feira (11), em Brasília.

A UFPR conquistou o primeiro lugar entre outros 19 projetos selecionados pela Capes, por meio de edital em 2015, para desenvolver e aplicar tecnologias de informação e comunicação em educação. As propostas receberam recursos para colocar as ideias em prática e foram escolhidas no âmbito da Universidade Aberta do Brasil (UAB), sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior por meio da educação a distância. Depois da apresentação dos resultados alcançados, durante o workshop, foram anunciados os três melhores trabalhos.

Da esquerda para direita: Gustavo Abib, José Roberto Frega e Marcos Wagner da Fonseca, professores do Departamento de Administração da UFPR, na solenidade de premiação, em Brasília. Foto: Divulgação
Da esquerda para direita: Gustavo Abib, José Roberto Frega e Marcos Wagner da Fonseca, professores do Departamento de Administração da UFPR, na solenidade de premiação, em Brasília. Foto: Divulgação

“Ficamos lisonjeados por três situações: receber o financiamento por meio do edital em 2015, entregar um produto pronto para uso e conquistar o prêmio com a melhor solução de ensino a distância”, avalia Gustavo Abib, coordenador do projeto e professor da Escola de Administração da UFPR. Ainda participaram da criação do simulador os professores José Roberto Frega, Glauco Gomes de Meneses, Marcos Wagner da Fonseca e Natália Rese, todos do Departamento de Administração da UFPR.

Um jogo para além da universidade

A ideia de criar um simulador de gestão pública surgiu inicialmente como uma forma de solidificar o conhecimento aprendido nos cursos de educação a distância ofertados no sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) por intermédio da UFPR: graduação em Administração Pública e pós-graduação em Gestão Pública e Gestão Pública Municipal. “Porém, a repercussão foi muito positiva. A proposta é que o jogo extrapole os ambientes das universidades e possa ser também uma ferramenta para treinar e melhorar a gestão pública de maneira mais efetiva”, diz o professor Gustavo Abib, coordenador do projeto.

Durante o jogo, cada equipe de alunos é responsável por gerenciar um município de grande porte com nome fictício, mas com situações e cenários reais. Um dos estudantes é prefeito e outros atuam em quatro secretarias: Segurança, Educação, Infraestrutura e Administração, e Saúde. Ao longo das etapas, os jogadores se deparam com contingências, eventos que não foram planejados, e precisam apresentar soluções. As situações podem ser boas, ruins e neutras, como recebimento de verba federal, instalação de um presídio e de pedágios na cidade, a ocorrência de uma enchente, entre outras. “Procuramos trazer para o jogo o que acontece na vida real de um município ou de uma gestão pública”, afirma Abib.

De acordo com as escolhas e os investimentos da gestão pública, o jogo apresenta o resultado de nove indicadores para cada município. Imagem: Divulgação
De acordo com as escolhas e os investimentos da gestão pública, o jogo apresenta o resultado de nove indicadores para cada município. Imagem: Divulgação

As decisões precisam ser tomadas com base no Plano Plurianual (PPA), Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). De acordo com as escolhas e os investimentos da gestão pública, a plataforma apresenta o resultado de nove indicadores para cada município, entre eles, satisfação da população, índice de atratividade da cidade, segurança, saúde, qualidade de vida. Além disso, um jornal traz notícias macro e microeconômicas que impactam a gestão do município durante o jogo.

A simulação é de quatro anos de gestão e a duração pode ser de 10 a 60 horas, de acordo com as propostas didáticas dos professores. Diferentes equipes de alunos podem concorrer entre si, com a gestão de distintas cidades. Ao final, a plataforma apresenta um ranking com os municípios que apresentam melhores indicadores de gestão. Por enquanto, podem se cadastrar e jogar alunos e professores de instituições ligadas ao sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). O simulador pode ser acessado no www.simgesp.ufpr.br.

Por Chirlei Kohls
Parceria Superintendência de Comunicação e Marketing (Sucom) e Agência Escola de Comunicação Pública e Divulgação Científica e Cultural da UFPR

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