O curso de Engenharia Florestal da UFPR é um dos mais avançados da instituição na área da nanotecnologia. Cinco pesquisas de mestrado e doutorado nesta área acabam de ser defendidas em Tecnologia de Produtos Florestais e vão contribuir para o reaproveitamento de resíduos da madeira. São estudos de nanocelulose e nanocompósitos, que integram o programa de desenvolvimento de nanotecnologia, aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Uma das pesquisas trata do desenvolvimento de filme à base de celulose a partir da polpa de pinus para reforçar embalagens e aplicar em alimentos, e foi apresentada pela pesquisadora Livia Cassia Viana. O potencial do uso da torta de mamona como matriz para a produção de compósitos e nanocompósitos é outro estudo que foi aprovado pela banca examinadora. O doutorando
Mieko Nishidate Kumode usou fibras de madeira balsa, um tipo leve, resistente muito usada para maquetes e protótipos. Há ainda a pesquisa sobre a utilização da nanosílica na modificação de lâminas de madeira, de autoria de Mayara Elita Carneiro.
DO MESTRADO ─ Para obter o título de mestre, os especialistas aprovaram a pesquisa sobre o efeito de incorporação de microfibrilas de celulose sobre as propriedades do papel, apresentada por Daniele Cristina Potulski. O outro estudo trata da caracterização e predição da cristalinidade de celulose através de espectroscopia no infravermelho e análise multivariada, de Elaine Cristina Lengowski.
De acordo com a professora Graciela de Muniz, orientadora das pesquisas, esses estudos vão colaborar com o reaproveitamento de resíduos agroflorestais para finalidades mais nobres, como na fabricação de móveis. Os resultados recentes também contribuem para a valorização da madeira e da indústria agroflorestal.