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Parceria com russos e cubanos para pesquisas sobre fibra do basalto foi tema de reunião na Reitoria da UFPR

Um grupo de professores e empresários apresentou, para a reitora em exercício da UFPR, Graciela Bozón de Muniz, nesta quinta-feira (19), um projeto que traz para o Brasil a tecnologia de produção e uso da fibra basalto, material com diversas aplicações na construção civil. A iniciativa promovida pela Casa Russa no Paraná, envolve uma parceria entre uma empresa do país eslavo, onde a tecnologia já é amplamente utilizada, uma empresa brasileira e pesquisadores brasileiros, cubanos e russos.

O representante da Casa Russa do Paraná, Dimitri Lobkov, explica que há um grande campo para a aplicação do material no Brasil. A fibra extraída a partir do basalto tem características vantajosas em relação aos materiais convencionais, como maior resistência e menor peso, além de ser resistente à corrosão, o que o elenca para uso em ambientes marítimos ou de grande umidade, como reservatórios de água. Lobkov destacou que a parceria pode alcançar diversos mercados no Brasil e no contexto dos BRICS.

Fibra basáltica - reunião sobre a parceria entre UFPR, empresários e pesquisadores de Cuba e Rússia (foto: Leonardo Bettinelli)
Fibra do basalto- reunião sobre a parceria entre UFPR, empresários e pesquisadores de Cuba e Rússia (foto: Leonardo Bettinelli)

O engenheiro Hugo Wainshtok, professor da Universidade de Havana, outro participante do projeto, destacou a aplicabilidade do material, ele projeta que o potencial de uso da fibra gira em torno de 60% das obras no Brasil. Também em Cuba o uso do material já é amplo, como na Europa. No campo acadêmico, o projeto envolve além da universidade cubana, a UFPR, e uma universidade russa da cidade de Yaroslavl. O objetivo é estudar as aplicações e características do material, e desenvolver novos usos.

O professor de Engenharia Civil da UFPR, Mauro Lacerda Santos Filho, é a ponte entre a universidade e o projeto, ele explica que as conversas para compor a parceria começaram a alguns meses atrás e que o objetivo é fomentar as pesquisas em torno da fibra do basalto. Dois projetos de pesquisa já estudam o tema na instituição. O professor destacou que além de outras vantagens, a fibra pode ser produzida a partir de rejeitos de mineração contribuindo com a preservação do meio-ambiente.

Também participaram da reunião Alejandro Hernandez Hernandez, representante para a América Latina e Caribe da “Fábrica de Materiais de Yaroslavl” [tradução livre], empresa russa que já trabalha com o material, e o empresário brasileiro Marcos Alberto Alessi, da MC. Alessi Construtora e Saneamento Ltda, que pretende instalar uma planta industrial para a produção e aplicação da fibra do basalto no Brasil.

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