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Grupos artísticos da UFPR promovem performance sobre moradores de rua

Nesta sexta-feira (29/09), a partir das 18h30, uma ação performática chamará a atenção dos curitibanos para a situação dos moradores de rua da cidade. A performance “Ninguém é Ninguém em Curitiba” deverá provocar um estranhamento nas pessoas que estiverem sentadas ou de passagem no calçadão da Rua XV de Novembro, entre a Travessa Oliveira Bello e a Alameda Dr. Muricy.

Sob a coordenação da performer e professora aposentada da UFPR M. Inês Hamman, artistas com máscaras sem expressão ou feição ocuparão parte da calçada. A movimentação, em ritmo lento, busca sensibilizar as pessoas sobre a situação de invisibilidade desses cidadãos que vivem hoje nas ruas da cidade. “Além de diferentes tipos de violência a que estão sujeitos, essas pessoas em situação de rua sofrem também com a indiferença. Eles parecem ser invisíveis à pressa do cotidiano”, diz M. Inês.

Segundo dados da prefeitura de Curitiba de 2016, a capital paranaense tinha mais de 1.700 moradores de rua. De lá para cá, com o agravamento da crise econômica do país, aumento de desemprego, entre outras situações, percebe-se um aumento no número de pessoas vivendo em situações precárias nas ruas e parques da cidade.

Nossa ação tem por objetivo quebrar esse automatismo do dia a dia, provocado pela pressa, pela – cada vez maior – velocidade da vida”, explica a artista. “Com a ruptura desse cotidiano, poderemos ver essas pessoas que vivem em situações precárias, até nos sensibilizarmos e ajudarmos da forma como for possível; nem que seja conversando e ouvindo suas histórias”, complementa.

A performance

A ação performática “Ninguém é Ninguém em Curitiba” tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPR. A produção é assinada pela PalavrAção Cia de Teatro da UFPR e conta com a participação de membros de grupos artísticos da instituição, como a própria PalavrAção, o Coral, o Téssera e estudantes do curso de Produção Cênica do SEPT-UFPR (Setor de Educação Profissionalizante e Tecnológica), além de alunos do curso de Teatro da Unespar.

A performer e criadora do projeto explica que a atividade deve durar cerca de 40 minutos. “Queremos que todas as ações dos participantes sejam bem lentas para provocar a quebra dessa vida em velocidade que nos atropela”, salienta.

A artista

M. Inês é também Maria Inês Hamman Peixoto, professora aposentada do Setor de Educação da UFPR. Ela possui graduação em Pedagogia pela UFPR, onde também obteve seu Mestrado em Educação. Em 2001, recebeu o título de Doutora em Educação, pela Unicamp. Como professora e pesquisadora, Maria Inês trabalhou com os temas: Arte, Educação, Filosofia, Estética.

Em 1996, ela performou “A Sentença”, na Praça Zacarias, em Curitiba. “A atuação, com a interação do público, acabou durando mais de seis horas; sendo interrompida apenas pela falta de energia elétrica, após uma tempestade que caiu naquela noite”, lembra Maria Inês. A partir dessa performance, ela realizou muitas outras ações de sensibilização nas ruas de Curitiba e outras cidades do país. E o fruto da reflexão das performances e da recepção do público é sua tese de doutorado “Relações Arte, Artista e Grande Público: a prática estético-educativa numa obra aberta”.

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