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Fórum no Setor Litoral discute violência contra a mulher

A UFPR Litoral reuniu servidores, estudantes e comunidade para discutir questões ligadas às relações de gênero. O II Fórum de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher nasceu de pesquisa realizada pela estudante de Serviço Social Bárbara Antunes Silva, em que 72% das alunas do Setor Litoral ouvidas afirmaram já ter sofrido violência doméstica em algum momento da vida.

Bárbara levou a ideia do encontro para a Seção de Políticas Afirmativas, Assuntos Estudantis e Comunitários (Sepol), onde é estagiária. A pesquisa foi realizada em setembro e teve a participação de 244 pessoas, que representam 21% do universo de mulheres matriculadas no Setor. Entre as respondentes, 21% afirmaram que sofrem alguma forma de violência atualmente e 72% já passaram por isso em algum momento.

Barbara Silva ouviu 244 alunas do Setor Litoral para uma pesquisa; 72% disseram já ter sofrido violência doméstica em algum momento da vida.

“Isso quer dizer que a cada cinco mulheres que cumprimentamos no Setor Litoral, uma está em situação de violência. Isso é muito grave”, disse Bárbara na abertura do evento.

A primeira atividade do evento foi uma roda de conversa com o tema “A violência doméstica e familiar contra a mulher: agentes, manifestações e prevenção”. A mesa contou com a presença de Anna Carolina Lucca Sandri, do grupo de Promotoras Legais Populares, projeto de extensão da UFPR. Anna enfatizou a necessidade da existência de grupos de apoio que rompam o isolamento, para que as mulheres se sintam seguras para fazer denúncias e sair de relações violentas. “Hoje temos uma estrutura social que sustenta a autoridade do homem em relação a mulher, mas isso é uma construção social e histórica, que é vista como natural”, disse Anna Carolina.

A estudante de Geografia Emanuelle (Manu) Aguiar de Araujo, que milita pelos direitos das mulheres com deficiência, lembrou que elas formam um dos grupos mais vulneráveis à violência doméstica e institucional, uma vez que têm limitações de acessibilidade e comunicação e que os serviços públicos não são acessíveis a elas. “Ser mulher com deficiência é acumular vários preconceitos. Toda pessoa tem direito de ter uma vida social,mas para essas mulheres isso é negado”, enfatizou Manu.

As participantes do Fórum destacaram a importância da informação e de grupos de apoio contra a violência

Roseli Isidoro, que foi vereadora e secretária da Mulher no município de Curitiba, disse que é preciso unir esforços para que as poucas políticas públicas em defesa da mulher continuem disponíveis. “Não basta a gente conhecer a Lei Maria da Penha, que completou 12 anos de existência. É fundamental que a sociedade se aproprie do conteúdo dela. Hoje apenas dois por cento da população conhece seu conteúdo”, informou Roseli.

A programação continuou com outras duas rodas de conversa, uma à tarde, com o tema “Juntas somos mais fortes” – voltada a planejar o calendário de ações para o ano de 2019; e outra à noite, com o tema “Todas/os por uma! Orientações sobre o atendimento da mulher em situação de violência doméstica e familiar”.

Para a assistente social Joelma Pereira, o Fórum foi um momento importante para reunir pessoas ligadas a essa questão e construir um calendário de ações para o ano que vem. “Queremos que o evento se torne anual”, disse Joelma.

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