Milena Santana é uma jovem de 24 anos que cursa Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde que ingressou na universidade, em 2015, e saiu da casa dos pais, seu descontentamento com inúmeras situações da sociedade fez nascer nela a vontade de mudar o mundo. Porém a estudante acreditava que esse desejo era um tanto quanto utópico, pois as mudanças ao seu alcance teriam apenas impacto local. Mesmo assim, ela se propôs a tentar auxiliar todas as pessoas que necessitassem e, assim, mudar o mundo de cada um que encontrasse.
No dia 11 de dezembro, Milena recebeu a notícia que seu sonho estava mais perto de ser alcançado. Ela foi convidada para fazer parte da delegação brasileira que irá, em março de 2019, à Comissão de Situação de Mulheres (Commission of the Status of Women) na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos).
O encontro acontece há 60 anos e reúne lideranças mundiais, Organizações não governamentais, empresas, parceiros das Nações Unidas e ativistas do mundo todo com o objetivo de discutir a situação dos direitos das mulheres e o empoderamento de meninas e mulheres em todas as partes do mundo. Em 2019, o principal tema do evento será “Sistemas de proteção social, acesso a serviços públicos e infraestrutura sustentável para a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas”.
A jovem viu a possibilidade de transformar seu sonho em realidade após desenvolver projetos em Curitiba e ingressar no coletivo Maria Falce de Macedo. Milena propôs um artigo sobre a saúde da mulher desde o ensino médico até o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). “Nessa conferência, buscarei expandir e aperfeiçoar mecanismos para tornar o Brasil um lugar melhor, com menos desigualdade de gênero e lutando para que cada vez mais meninas e mulheres como eu tenham oportunidades”.
O artigo reflete a respeito do que deve ser feito para que médicos generalistas aprendam a atender principalmente nas questões de violência doméstica, violência sexual, questões relacionadas a trabalho, moradia, demandas étnicas e socioeconômicas. “Junto com todas essas situações, a medicina ainda sofre influência do machismo estrutural em que a sociedade vive diariamente e que acaba, mesmo que inconscientemente, influenciando as ações nos atendimentos – algumas vezes até com culpabilização das pacientes – e negligenciando alguns temas que não versam sobre planejamento familiar”, explica.
Milena acredita que a participação no evento será uma grande oportunidade de aprendizagem sobre como tornar o Brasil um lugar melhor para meninas e mulheres, não somente nas questões de saúde. “Estar junto de mulheres que fazem a diferença em todas as partes do mundo fará com que eu possa avaliar soluções que deram certo ou não e o que pode ser aplicado no Brasil futuramente. Eu espero aprender muito e voltar com uma bagagem para continuar contribuindo localmente, direta ou indiretamente, na vida de outras pessoas”, almeja.
Para conseguir comparecer à Conferência, a estudante organizou uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar patrocínio. Os custos da reunião, que terá a duração de 10 dias, são altos e ela não tem condições financeiras de arcar com todo o valor. “Por tudo isso, peço seu apoio para colaborar com o financiamento desse sonho. Todo e qualquer valor será extremamente apreciado e você fará parte dessa viagem comigo! ”, pede Milena.
Os interessados em colaborar podem doar a partir de 10 reais por meio do site de crowdfunding em que a estudante organizou sua campanha de financiamento.
