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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ


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Dia da educação: Programa de Pós-graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos desenvolve pesquisas com impacto no litoral paranaense

Em comemoração ao Dia da Educação, vamos divulgar durante a semana uma série de matérias da Universidade Federal do Paraná sobre ações que vão desde a educação básica até os ensinos superiores. Nesta segunda-feira (23), o tema é a atuação da Pós-Graduação do Centro de Estudos do Mar, com pesquisas que contribuem efetivamente para a melhoria dos ecossistemas marinhos e da qualidade de vida da sociedade.

 

Foto: Rodrigo Juste Duarte.

A produção científica das universidades brasileiras ultrapassa o âmbito das instituições e promove impacto na sociedade.

A recente tese defendida por Fernanda Possatto, no Programa de Pós-graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos (PGSISCO), é um desses exemplos. O estudo abordou a dinâmica espacial e temporal de peixes na Baía de Paranaguá e evidenciou o lixo como um fator de contaminação importante na região.

A ausência de variabilidade sazonal é outro ponto levantado pelo trabalho, sugerindo que a disposição de lixo urbano seria o fator de maior influência na distribuição do lixo no complexo estuarino de Paranaguá. O artigo sobre a tese foi publicado na Marine Pollution Bulletin, revista científica classificada como QUALIS A1 na Biodiversidade.

Com pouco mais de uma década de trajetória, o Programa de Pós-graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos (PGSISCO), sediado no Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná, destaca-se pelo volume significativo de atividades acadêmicas e inserção social.

Ao todo, mais de 130 discentes concluíram os trabalhos de Mestrado e Doutorado. Atualmente, 49 profissionais estão regularmente matriculados no PGSISCO e quatro pós-doutores atuam junto ao programa, que alcançou conceito 5 na última avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O litoral do Paraná está no foco das pesquisas desenvolvidas pelo PGSISCO. Espaços como o Complexo Estuarino de Paranaguá, praias oceânicas, ilhas e bosques de mangue funcionam como laboratórios naturais.

As pesquisas dão ênfase para a melhoria do entendimento dos usos e ocupação da região. “Nossas produções, focadas principalmente nas Ciências do Mar, auxiliam o entendimento das mudanças ambientais dos ecossistemas marinhos em escalas espacial e temporal, no âmbito local, regional e global, e, consequentemente, buscam de forma integrada uma compreensão acurada de todos os fatores que influenciam os sistemas marinhos”, explica a coordenadora do programa, Renata Nagai.

O egresso do programa, Bryan Muller, trabalhou diretamente no Mestrado com colônias de pesca do litoral do estado, que utilizam a rede alta. A dissertação mostrou os principais riscos sociais, ambientais e de governança que podem afetar a segurança alimentar de pescadores, por meio da aplicação de um modelo conceitual.

“Buscamos melhor conhecer as comunidades locais e suas necessidades e, assim, fornecer melhores ferramentas de gestão com vista à melhoria de qualidade de vida dessas comunidades e o bem-estar ambiental”, afirma o vice-coordenador do programa, professor Maikon Di Domenico.

O programa também é considerado como resultado de esforços do CEM/UFPR, para a criação de um espaço de referência na formação de recursos humanos e desenvolvimento de pesquisa em Ciências Marinhas. “Este arranjo acadêmico tem sido ampliado mais recentemente, buscando uma interface com processos tecnológicos e de inovação, graças ao início das atividades dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária, Civil e de Aquicultura em 2015 e a interação com docentes contratados para dar suporte a estes cursos”, explica o professor Cesar de Castro Martins, coordenador do PGSISCO entre os anos de 2016 e 2018.

 

Avaliação da Capes

A última avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) destacou o programa com o conceito 5. A coordenadora do PGSISCO, Renata Nagai, aponta que a nota é resultado do planejamento estratégico adotado. “Desde 2013, a coordenação do programa vem priorizando ações que visam melhorar a formação e qualificação de nossos discentes”, diz.

A política de estímulo à produção intelectual, no quadriênio (2013-2016), não só aumentou o número de publicações como melhorou a qualidade, direcionando a concentração de publicações nos extratos A1-B1 do QUALIS Capes.

A estrutura do programa, concentrada na área “Dinâmica dos Ecossistemas Oceânicos e Costeiros” é considerada como principal diferencial. A partir daí surgem quatro linhas de pesquisa que interagem entre si: Dinâmica Oceânica e Costeira, Biogeoquímica e Poluição Marinha, Biologia e Ecologia de Sistemas Oceânicos e Costeiros, Manejo Integrado da Zona Costeira.

As ações contam com a inclusão da PGSISCO em espaços de gestão e de desenvolvimento. A busca para melhorar as formas de acompanhamento do desenvolvimento do trabalho dos docentes envolve a maior interação entre coordenadores, orientadores e discentes.

“Promovemos discussões, de forma integrada, das lacunas teóricas e práticas que os discentes precisam preencher a fim de alcançar um projeto de pesquisa qualificável e produtos científicos de alto impacto”, explica o professor Maikon.

As linhas de pesquisa também permitem a interação entre docentes e discentes de diversas áreas, como Biologia, Física, Química, Geologia e Oceanografia.

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